Um olhar crítico sobre o último desfile sob sua direção e o legado deixado para a icônica Maison
No cenário majestoso da Opera Garnier, em Paris, ocorreu o último capítulo de Virginie Wiard à frente da Chanel. Em um desfile marcado pela tradição, Wiard optou por uma abordagem clássica, mantendo os pilares da maison intocados. No entanto, a falta de inovação e audácia deixou um sentimento de nostalgia em vez de celebração.
Ao escolher a Opera Garnier, palco de eventos icônicos da moda, como o desfile de Alta Costura de John Galliano para Dior em 1998, as expectativas estavam altas. Infelizmente, a coleção não conseguiu captar o mesmo brilho. Os tailleurs de tweed, os bordados meticulosos e os vestidos de tule, embora impecáveis em execução, não trouxeram o frescor esperado para marcar época.
A noiva, um símbolo do desfile, parecia deslocada e datada, refletindo uma falta de renovação que contrasta com o espírito inovador de Karl Lagerfeld, seu antecessor. O trabalho artesanal e a qualidade das peças são inegáveis, mas a ausência de uma visão renovada deixou um vazio de impacto.
Agora, resta aguardar os ventos da mudança, guiados não apenas pela moda, mas também pelas decisões estratégicas da liderança da Maison Chanel. Afinal, a moda é uma evolução constante, e cada desfile escreve um novo capítulo na história da alta costura parisiense.