Morre Quincy Jones, gigante da música americana, aos 91 anos

Morre Quincy Jones, uma lenda e um dos nomes mais influentes da música popular americana, aos 91 anos em sua casa em Bel Air, Califórnia. O anúncio foi feito pelo seu publicista, Arnold Robinson, que afirmou que Jones morreu pacificamente, mas não informou a causa do falecimento.

Jones construiu uma carreira fenomenal ao longo de mais de meio século. Iniciou sua trajetória como trompetista de jazz e logo se destacou como arranjador, compositor de trilhas sonoras e produtor musical. Sua contribuição foi além da música em si, deixando um impacto significativo ao conectar artistas e influências de diversas origens. Além disso, Quincy Jones contribuiu para o desenvolvimento da cultura musical e social através de uma vasta carreira que influenciou inúmeros músicos.

Morre Quincy Jones aos 91 anos
Fonte: Getty Images

Legado Musical de Quincy Jones

A carreira de Quincy Jones é marcada por inúmeras conquistas e pelo lançamento de trabalhos que definiram eras. Entre as suas contribuições mais icônicas está a produção do álbum Thriller, de Michael Jackson, que se tornou o álbum mais vendido de todos os tempos. Com essa obra, ele consolidou seu nome na indústria, atingindo públicos de todas as etnias e estilos musicais. O legado musical de Quincy Jones ainda vive através das várias vezes em que sua obra foi sampleada e reutilizada em diversos gêneros musicais, especialmente no hip-hop.

Jones também foi reconhecido com o terceiro maior número de prêmios Grammy conquistados por uma única pessoa: ele foi indicado 80 vezes e venceu 28. Sua contribuição para a música foi reconhecida por instituições renomadas como Harvard, Princeton, Juilliard e Berklee, onde ele recebeu títulos honorários e uma homenagem especial com a Medalha Nacional das Artes.

Quincy Jones no Rock and Roll Hall of Fame em 2023.
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A Carreira de Quincy Jones: Do Jazz ao Pop

Nos anos 1950 e 60, Quincy Jones iniciou sua carreira liderando suas próprias bandas e atuando como arranjador de gravações para grandes nomes do jazz, como Dinah Washington e Ray Charles. Sua habilidade única para mesclar jazz com elementos do pop tornou-o um dos arranjadores mais requisitados da época. A carreira de Quincy Jones deu um salto significativo quando ele se tornou o primeiro vice-presidente negro de uma gravadora de música branca, a Mercury, em 1964.

Durante sua vida, ele foi um dos primeiros a introduzir ritmos afro-cubanos e funk em trilhas sonoras de filmes e programas de TV, contribuindo para a diversidade e popularidade do jazz e R&B na cultura americana. A colaboração entre Jones e Michael Jackson nos álbuns Off the Wall, Thriller e Bad marcou a indústria e trouxe popularidade mundial a Jones, consolidando sua posição de destaque na cultura pop.

Quincy Jones em gravação em 1973.
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morre Quincy Jones, Um Pivô na Indústria do Entretenimento

Ao longo dos anos, Quincy Jones transcendeu o papel de músico e produtor. Ele fundou sua própria gravadora, Qwest, na década de 1980, e continuou a explorar novos territórios. Seu impacto na indústria do entretenimento foi ampliado através de produções como o single beneficente “We Are the World”, que reuniu mais de 40 estrelas da música, incluindo Diana Ross e Stevie Wonder, para arrecadar fundos para a África. Esse projeto, que fez história, mostrou que Jones estava além da música, sendo também um humanitário comprometido com causas sociais.

A morte de Quincy Jones representa a perda de um verdadeiro pioneiro, que com suas realizações, criou uma ponte entre culturas e levou a música negra a uma audiência global. Em seus últimos anos, ele manteve sua relevância na indústria ao lançar a plataforma Qwest TV, que apresenta shows de jazz e documentários em alta definição, mantendo viva sua paixão pela música.

Quincy Jones com estudantes no Montreux Jazz Festival em 1991.
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Influência e memória De Quincy Jones

Quincy Jones será lembrado por suas inúmeras contribuições à música e ao entretenimento. Sua obra transcende gerações e será preservada como parte fundamental da cultura popular americana. Embora tenha partido, o legado musical de Quincy Jones e seu impacto na indústria continuarão a inspirar músicos e artistas de todo o mundo.

A morte de Quincy Jones marca o fim de uma era, mas sua música e influência permanecem. Entre suas muitas realizações, ele deixou uma marca indelével em uma época de segregação, mostrando que a música é uma linguagem universal. Sua capacidade de conectar pessoas e estilos, desde o jazz até o pop, garantiu que seu nome fosse sempre associado à inovação e excelência.

Jones foi e sempre será um símbolo de superação e criatividade. Sua jornada, desde as bandas de jazz até os grandes palcos da música pop, exemplifica o que significa ser um verdadeiro visionário na indústria musical. Seu legado vive, inspirando gerações futuras a alcançar novos patamares e a continuar explorando os limites da criatividade musical.

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