A icônica exposição Christian Dior: Designer of Dreams desembarcou em Seul, transformando o Dongdaemun Design Plaza (DDP) em um universo sensorial que é uma homenagem aos quase 80 anos de história da maison. A mostra, projetada pelo arquiteto Shohei Shigematsu, sócio do escritório OMA, marca a quarta colaboração entre a Dior e a firma de arquitetura, com edições anteriores em Denver, Dallas e Tóquio.
Nesta edição sul-coreana, moda, arquitetura e herança cultural se entrelaçam em uma experiência única. Instalado no Art Hall 1 do DDP, o percurso da exposição foge da divisão convencional por galerias. Em vez disso, o visitante é conduzido por ambientes temáticos que se conectam de maneira fluida, com “The Garden” como espaço central da narrativa.

Um jardim coreano como ponto de partida
Inspirado no madang, pátio tradicional das casas coreanas hanok, “The Garden” apresenta um imponente vaso lunar (moon jar) de 12 metros de altura, símbolo de harmonia e simplicidade. No interior, uma cúpula de projeção envolvente e uma floresta de papel hanji assinada pela artista Hyun Joo Kim criam um santuário sereno que une passado e futuro.
O ambiente funciona como ponto de transição entre as diferentes salas da exposição, promovendo uma imersão poética no legado criativo da Dior sob uma perspectiva coreana.
Legado da Dior reinterpretado por uma lente coreana
Na sala “Dior Legacy”, uma estrutura em fita inspirada no jogakbo, técnica de patchwork tradicional da Coreia, traça a cronologia dos diretores criativos da maison, desde o próprio Christian Dior até Maria Grazia Chiuri. A exposição também revisita a essência da feminilidade e da elegância em salas como “30 Avenue Montaigne”, “The New Look” e “Miss Dior”.
Outro destaque é o espaço “Colorama”, que explora a paleta cromática icônica da marca, apresentando tecidos, frascos de perfume e acessórios dispostos como se fossem obras de arte.
Lady Dior ganha nova interpretação em Seul
A emblemática bolsa Lady Dior ganha protagonismo em uma sala própria, com design inspirado nos gabinetes em laca vermelha tradicionais da Coreia. O espaço utiliza módulos arquitetônicos como vitrines esculturais que evidenciam a evolução da peça ao longo das décadas, além de suas múltiplas reinterpretações em colaborações artísticas.
O equilíbrio entre tradição e inovação é um dos fios condutores da mostra, revelando como a maison soube se reinventar sem perder sua essência.
Um novo olhar para o “The New Look” e a silhueta Dior
Na sala dedicada ao “The New Look”, a exposição celebra a revolução estética iniciada por Christian Dior em 1947, com foco na silhueta marcada pela cintura fina e saia volumosa. Em Seul, essa visão é enriquecida por elementos que evocam a harmonia visual presente nas artes tradicionais coreanas, como os cortes fluídos e o equilíbrio de formas.
A ambientação e a curadoria desse espaço destacam como a icônica silhueta Dior transcende o tempo, sendo reinterpretada por diferentes diretores criativos ao longo das décadas. A versão apresentada em Seul, na exposição Designer of Dreams, reforça a ideia de que, mesmo enraizado na herança francesa, o estilo Dior pode dialogar com outras culturas sem perder sua essência.
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Moda, espaço e cultura em perfeita harmonia
Mais do que uma retrospectiva, Christian Dior: Designer of Dreams em Seul propõe um diálogo entre moda e cultura local. A ambientação arquitetônica e o uso de referências coreanas reforçam a capacidade da Dior de se adaptar e reverenciar a identidade de cada país por onde passa.
Aberta ao público no Dongdaemun Design Plaza, a exposição convida os visitantes a explorarem a herança criativa da maison através de experiências visuais e sensoriais que homenageiam tanto o legado francês quanto a riqueza da cultura coreana.
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