MSCHF lança Applied MSCHF: será uma agência criativa?

A MSCHF, marca conhecida por seus lançamentos ousados e subversivos, pode estar entrando em uma nova fase. Responsável por ações que desafiaram a lógica do consumo e viralizaram nas redes, como as botas vermelhas gigantes que dominaram o Instagram e a bolsa microscópica vendida por mais de 70 mil dólares, a empresa agora parece mirar no universo das agências criativas. Mas será que estamos diante de um novo braço de negócios da marca ou apenas mais uma de suas provocações culturais?

O que sabemos até agora é fruto de pistas deixadas pela própria MSCHF, reforçando seu estilo característico de criar expectativa e manter sua comunidade em alerta. A movimentação tem levantado debates sobre como uma marca construída em cima da ironia, do choque e cultura pop pode se reposicionar como prestadora de serviços criativos para outras empresas.

MSCHF lança Applied MSCHF: será uma agência criativa?
Foto: Reprodução

Applied MSCHF: um novo perfil no Instagram

No dia 18 de agosto, foi identificado um novo perfil no Instagram vinculado à MSCHF. Sob o nome @appliedmschf, a página trazia em sua biografia a descrição: “uma divisão de projetos externos criada pela MSCHF”. Até o momento da descoberta, a conta seguia privada e contava com apenas nove seguidores, o que aumenta ainda mais o clima de mistério em torno da iniciativa.

Apesar de não haver detalhes adicionais publicados, a conexão com a marca foi confirmada pelo perfil oficial da MSCHF, reforçando que se trata de uma ação autêntica e planejada. O nome “Applied MSCHF” sugere a ideia de aplicar a irreverência da marca em novos contextos, possivelmente oferecendo serviços criativos a outras empresas ou explorando colaborações fora de seu escopo tradicional de produtos.

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A tradição de anúncios provocativos

Essa possível expansão da MSCHF acontece em um momento em que diversas figuras da cultura pop também estão anunciando suas próprias agências criativas. Pharrell Williams, por exemplo, lançou recentemente a VIRGINIA, descrita como agência, coletivo e também como alter ego para apresentar suas próximas iniciativas. Já Kendrick Lamar, em parceria com Dave Free, cofundador da pgLang, revelou a Project 3, voltada a projetos criativos que mesclam música, cultura e narrativa.

Seguindo essa tendência, a MSCHF reforça sua vocação de ir além do consumo de moda e produtos culturais, colocando-se como agente de ideias. Mais do que lançar itens excêntricos e virais, a marca parece interessada em sistematizar sua criatividade para oferecer ao mercado algo estruturado, embora ainda cercado de mistério.

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O que esperar da nova fase da MSCHF

Embora as informações sejam limitadas, é possível especular que a Applied MSCHF venha a funcionar como uma agência experimental, oferecendo campanhas, conceitos e colaborações estratégicas. Dada a reputação da marca, qualquer projeto sob esse selo tende a ser pensado para provocar impacto imediato e gerar conversas nas redes sociais.

A expectativa é que empresas interessadas em inovação cultural e branding irreverente possam buscar a Applied MSCHF para projetos especiais. Essa movimentação abre espaço para que a marca amplie sua influência além do público consumidor final, atingindo também o mercado B2B. Ainda assim, resta saber se essa expansão será realmente estruturada ou apenas mais um experimento pontual de marketing.

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Cultura pop, moda e irreverência em jogo

A entrada de marcas e artistas no universo das agências criativas não é exatamente nova, mas ganha força em um momento em que a originalidade e a velocidade de viralização são ativos valiosos. A MSCHF, com seu histórico de ações que mesclam crítica social e humor ácido, está bem posicionada para disputar esse território.

Seja como for, a Applied MSCHF reforça a narrativa da marca como um coletivo imprevisível e disruptivo. Ao mesmo tempo, levanta dúvidas sobre até que ponto sua identidade baseada na ironia pode ser “aplicada” em projetos para clientes externos. O certo é que, com a comunidade da MSCHF sempre atenta, cada novo passo será acompanhado de perto e provavelmente renderá novos debates sobre os limites entre arte, marketing e cultura pop.

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