Bolsa Hermès de Jane Birkin vai a leilão na Christie’s

Símbolo de uma era, a bolsa Hermès Haut à Courroies que inspirou a icônica Birkin será leiloada em Paris, conectando moda, cultura e história.

Bolsa Hermès de Jane Birkin vai a leilão na Christie's
Christie’s

A bolsa Hermès de Jane Birkin vai a leilão em novembro, pela Christie’s, em Paris. A peça é mais que um acessório de luxo — é um símbolo de uma era em que arte, moda e rebeldia caminhavam lado a lado.
Antes da famosa Birkin dominar o imaginário coletivo, existia a Haut à Courroies (HAC), a maxibolsa de estrutura utilitária que serviu de inspiração direta para o modelo que eternizaria o nome da atriz britânica.

Criada originalmente para transportar apetrechos equestres, a HAC ganhou novo significado quando o cantor Serge Gainsbourg presenteou Jane Birkin com uma dessas bolsas no início do turbulento e apaixonado relacionamento do casal.

Décadas depois, essa mesma peça — marcada por o uso pessoal e pela história de amor e arte — ressurge como protagonista de um leilão que promete movimentar o universo do colecionismo de moda.

A história por trás da bolsa Hermès de Jane Birkin

Christie’s

Poucos objetos encapsulam uma narrativa tão rica quanto a bolsa Hermès de Jane Birkin. O modelo Haut à Courroies, antecessor direto da Birkin, era o companheiro de viagens da cantora e atriz durante os anos 1970 — década em que o casal Birkin e Gainsbourg redefiniu o conceito de provocação estética e liberdade criativa.

A HAC se destacava pelo formato oversized, couro robusto e aura despretensiosa. Foi esse equilíbrio entre praticidade e elegância que, anos mais tarde, inspirou o design da Birkin, criada em 1984 após um encontro casual de Jane com o então CEO da Hermès em um voo para Paris.
Ali nascia uma das bolsas mais cobiçadas do mundo — mas a semente estava plantada muito antes, com a Haut à Courroies.

Nota da redação

A primeira Birkin original já foi vendida por mais de US$ 10 milhões em leilão. Agora, o modelo anterior — a bolsa Hermès de Jane Birkin — chega ao mercado com potencial de quebrar novos recordes, impulsionado pelo valor simbólico e pela conexão direta com a musa britânica.

O leilão que une moda e cultura pop

Christie’s

O leilão da Christie’s acontece em 6 de novembro, em Paris, com prévias em Hong Kong, Paris e Bangkok entre os dias 30 de outubro e 6 de novembro.
A expectativa é alta: mais do que um item de coleção, trata-se de uma peça que une moda, arte e cultura pop em um só gesto.

Jane Birkin e Serge Gainsbourg formaram um dos casais mais provocativos e influentes da Europa. Da música à moda, o duo incorporou um estilo boêmio e intelectual que ecoa até hoje.
A venda da bolsa Hermès de Jane Birkin é, portanto, um olhar íntimo sobre esse universo — uma oportunidade de adquirir um fragmento tangível do mito.

O legado de Jane Birkin e a influência eterna da Hermès

Jane Birkin foi mais do que uma atriz ou cantora: ela representava um espírito. Sua maneira de vestir, com cestas de palha, jeans desbotados e camisas brancas, definiu uma estética de “chique sem esforço” que influenciou gerações.
A bolsa Hermès de Jane Birkin é uma extensão dessa filosofia — luxo funcional, sem ostentação.

A Hermès, por sua vez, transformou o conceito de acessórios de couro em arte utilitária. Cada detalhe, da costura à textura, reflete a tradição artesanal da maison francesa. E é justamente essa intersecção entre técnica e emoção que torna a peça tão relevante — não apenas para colecionadores, mas para quem enxerga moda como narrativa cultural.

Mais do que um evento de luxo, o leilão da bolsa Hermès de Jane Birkin é um lembrete de como objetos podem transcender o tempo e capturar emoções. Entre a memória e o desejo, a peça leiloada pela Christie’s reafirma o poder da moda como testemunha da história.

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