Entenda o que está por trás da cor do ano Pantone, como ela é definida e por que impacta tendências globais na moda, no design e na cultura visual.
A cor do ano Pantone se tornou um dos anúncios mais aguardados pelas indústrias criativas. Moda, design, arquitetura, beleza e comunicação visual param para observar um único tom. Não por acaso. Mais do que uma escolha estética, a cor do ano Pantone reflete comportamento coletivo, estado emocional global e movimentos culturais emergentes.
Todos os anos, especialistas analisam sinais vindos da arte, tecnologia, economia, entretenimento e até da geopolítica. O resultado é uma cor que sintetiza o espírito do tempo. Para marcas e criadores, essa escolha funciona como bússola. Para o público, como termômetro cultural.
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O que é a Pantone e por que ela se tornou referência global
Criada em 1963, a Pantone revolucionou a forma como o mundo se comunica por meio das cores. Antes do seu sistema, termos como “verde musgo” ou “azul petróleo” variavam de acordo com o olhar, o material ou o país. A Pantone resolveu isso com um catálogo numérico universal.
Esse sistema permite que uma cor seja reproduzida com precisão em qualquer lugar do mundo. Do tecido ao impresso. Do digital à tinta automotiva. Essa padronização transformou a cor em linguagem técnica e global.
Na prática, a Pantone não vende apenas cores. Ela vende previsibilidade, consistência e confiança para indústrias criativas e produtivas.
Como a cor do ano Pantone é definida
A escolha da cor do ano Pantone não acontece de forma aleatória. Desde os anos 1990, a empresa mantém um centro de pesquisa dedicado à análise de tendências culturais, emocionais e sociais.
O processo envolve:
- Estudos de comportamento e consumo
- Observação de movimentos artísticos e digitais
- Análise de eventos globais e mudanças sociais
- Monitoramento de moda, design, cinema e tecnologia
O objetivo não é impor uma regra. A cor do ano funciona como referência estratégica. Um ponto de partida que ajuda marcas e criadores a dialogar com o momento atual.
Nota da redação
A Pantone reforça que a cor do ano não deve ser seguida de forma literal. Ela serve como inspiração conceitual, e não como obrigação estética.
A cor do ano Pantone 2023 e o desejo por simplicidade
Quando a Pantone anunciou um branco suave — conhecido como “Cloud” — como destaque de 2023, a reação foi imediata. Para muitos, parecia simples demais. Para outros, ousado justamente por isso.
O branco, historicamente associado ao neutro, ganhou um novo significado. Em um mundo saturado de estímulos visuais, excesso de informação e fadiga digital, a escolha apontava para um desejo coletivo de pausa, silêncio visual e reorganização.
A cor do ano Pantone naquele ciclo simbolizou um “reset”. Menos ruído. Mais espaço. Mais clareza.


Impacto da cor do ano Pantone na moda e no design
Na moda, a influência é direta. Paletas de coleções, vitrines e campanhas passam a dialogar com o tom eleito. No design de interiores, o reflexo aparece em acabamentos, tecidos e objetos. No branding, em embalagens, identidades visuais e experiências digitais.
A cor do ano Pantone antecipa movimentos. Ela ajuda a indústria a planejar produção, reduzir riscos e alinhar discurso visual com o momento cultural.
Não se trata apenas de tendência. Trata-se de estratégia.

Concorrência e novas leituras de tendência
Embora a Pantone lidere esse território, ela não está sozinha. Plataformas de pesquisa de tendência como a WGSN, em parceria com o sistema Coloro, também apontam cores-chave para o mercado global.
Essas abordagens coexistem. Enquanto a Pantone tem forte apelo simbólico e cultural, outras metodologias oferecem leituras mais técnicas e orientadas ao varejo. Para o mercado, isso amplia repertório e possibilidades.


A cor como ferramenta de comportamento e consumo
A força da cor do ano Pantone vai além do visual. Estudos de psicologia das cores mostram que tonalidades influenciam humor, decisões de compra e percepção de marca.
Ao escolher uma cor que dialogue com o estado emocional coletivo, a Pantone traduz sentimentos difusos em forma visual. Medo, esperança, exaustão ou desejo de reconexão ganham cor.
Para profissionais criativos, entender isso é fundamental. Cor não é detalhe. É narrativa.
A cor do ano Pantone é muito mais do que uma tendência passageira. Ela funciona como retrato simbólico de um período histórico, influenciando moda, design, comunicação e comportamento de forma integrada.
Em um cenário cada vez mais visual e saturado, compreender esse movimento ajuda marcas e criadores a se posicionarem com mais sensibilidade e inteligência cultural.
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Fotos: Reprodução/ Pinterest




