Destaques Paris Fashion Week S/S 26

A Paris Fashion Week começou e segue até o dia 7 de outubro, consolidando-se mais uma vez como a temporada mais aguardada do calendário fashion. Este ano, o line-up está repleto de estreias, retornos e mudanças que prometem marcar a história da moda. Entre os destaques, a Carven apresenta sua nova fase sob a direção criativa de Mark Thomas, enquanto a Loewe recebe a dupla ex-Proenza Schouler, que estreia trazendo sua visão fresca para a maison. Já na Dior, a expectativa é enorme em torno de Jonathan Anderson, agora à frente da coleção feminina, e na Chanel todos os olhares se voltam para Matthieu Blazy, que promete provocar uma verdadeira revolução nos códigos da marca.

Outro ponto alto da temporada é a Balenciaga, que inicia um novo capítulo sob a direção de Pierpaolo Piccioli, embora ainda exista suspense sobre sua estreia acontecer ou não nesta edição. O calendário também reserva momentos especiais, como a estreia do português Miguel Castro Freitas na Mugler, no dia 2 de outubro, e o aguardado retorno do lendário Jean Paul Gaultier, desta vez reinterpretado pelo olhar ousado e irreverente de Duran Lantink.

Com tantas mudanças, novos começos e apostas criativas, esta Paris Fashion Week promete ser histórica, apontando tendências, redefinindo direções e reafirmando seu papel como o maior palco de inovação e espetáculo no mundo da moda.

Paris fashion week – saint laurent

Anthony Vaccarello abriu a temporada em grande estilo com uma coleção teatral e surpreendente, que fugiu totalmente do óbvio e trouxe a moda como discurso político — como o próprio designer fez questão de destacar. O desfile foi marcado por uma atmosfera intensa, onde vestidos dramáticos dividiram espaço com silhuetas fluidas e, claro, os clássicos de couro que já são assinatura da maison: jaquetas estruturadas, saias poderosas e trench coats impecáveis.

O resultado foi uma coleção que une impacto estético e narrativa, reafirmando o talento de Vaccarello em transformar roupas em manifestações de atitude. Uma estreia de temporada que não apenas impressiona, mas também provoca reflexão sobre o papel da moda no cenário cultural atual.

Paris fashion week- louis vuitton

Nicolas Ghesquière apresentou sua coleção de verão em um dos cenários mais icônicos da moda e da arte: o Museu do Louvre. A ambientação majestosa serviu de palco perfeito para uma coleção que explorou estampas florais, tecidos fluidos e silhuetas volumosas, equilibrando de forma sofisticada a casualidade com a opulência característica da maison.

Ghesquière brincou com diferentes texturas, cortes arquitetônicos e contrastes elegantes, criando uma narrativa visual rica e complexa. Cada look parecia contar uma história, convidando o público a refletir sobre o feminino contemporâneo através da visão singular do designer. O resultado foi uma apresentação memorável, que uniu tradição, inovação e uma estética altamente poética.

Paris fashion week – lanvin

Peter Copping fez sua aguardada estreia na Lanvin, apresentando uma coleção que combinou elegância e sensibilidade com a assinatura contemporânea da maison. A apresentação trouxe peças coloridas, silhuetas com costas abertas, jaquetas de alfaiataria com ombros suavizados e saias balão, explorando de forma sofisticada o contraste entre rigidez e fluidez.

Com esta coleção, Copping inaugura um novo capítulo na história da Lanvin, equilibrando homenagem ao legado da marca com uma visão moderna que antecipa o futuro da maison. O resultado é uma narrativa de moda que celebra tradição, inovação e estilo refinado, reafirmando a relevância da Lanvin no cenário internacional.

paris fashion week – dries van noten

Em sua segunda coleção, o designer Julian Klausner apresentou um desfile vibrante que representa uma renovação na estética da marca, mantendo seu DNA original, mas trazendo uma linguagem muito mais contemporânea e conectada às tendências atuais.

A coleção feminina explorou uma mistura ousada de cores, texturas e estampas, criando looks que são ao mesmo tempo elegantes e cheios de personalidade. Os tons de azul, rosa e verde se destacaram em casacos e vestidos impressos, trazendo frescor e modernidade às peças, enquanto a combinação de diferentes materiais adicionou profundidade e movimento aos outfits.

O resultado foi uma coleção que celebra criatividade, sofisticação e inovação, reforçando Julian Klausner como um nome promissor na moda contemporânea.

paris fashion week – stella mccartney

Stella McCartney apresentou mais uma coleção que reafirma sua visão afiada de moda, explorando uma alfaiataria com inspiração oitentista, mas livre de clichês. A paleta veio em tons suaves e adocicados, pontuados por cinzas estratégicos, criando um desfile equilibrado e sofisticado.

A estilista soube alternar sua alfaiataria característica com propostas minimalistas e volumes bem construídos. Cinturas marcadas dialogavam com silhuetas em A de trapézios moderninhos, enquanto ombros retos, calças amplas e cinturas afuniladas reforçavam essa leitura atualizada dos anos 80. O contraste ficou por conta de vestidos mullet ajustados versus drapeados estruturados, compondo um inteligente jogo de proporções.

O jeans apareceu em versão sofisticada, flertando com o streetwear, enquanto bodies drapeados surgiram em harmonia com ternos e blazers. Para arrematar, texturas como paetês e plumas alternativas trouxeram brilho e leveza, sem abrir mão da identidade sustentável e cool da marca.

Mais uma vez, McCartney provou sua habilidade em unir feminilidade, modernidade e consciência, entregando uma coleção que é ao mesmo tempo desejável e cheia de personalidade.

Paris fashion week – dior

Na estreia mais aguardada da temporada, Jonathan Anderson apresentou sua primeira coleção feminina para a Dior, unindo sua assinatura surrealista com releituras cuidadosas dos arquivos históricos da maison.

A proposta desfilou uma paleta de tons neutros, onde vestidos esculturais, drapeados precisos, laços imponentes e cortes inspirados nas décadas de ouro da Dior resgataram a essência sofisticada da marca.

Em contraponto à opulência, Anderson trouxe um lado mais cotidiano, com jeans e camisas de alfaiataria refinada, provando que a elegância também pode se expressar em peças simples, mas trabalhadas nos detalhes.

Fechando a apresentação com um toque de teatralidade, os headpieces geométricos se tornaram protagonistas, reafirmando a ousadia estética de Anderson, agora, sob o olhar icônico da Dior.

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