Sarah Burton, uma das designers mais respeitadas da indústria da moda, fez sua estreia à frente da Givenchy nesta sexta-feira (7). O desfile fez parte do calendário de Outono/Inverno 2025 da Paris Fashion Week – consolidando um dos momentos mais aguardados da semana de moda.
A apresentação foi realizada próximo ao local em que Hubert de Givenchy fez sua própria estreia há 73 anos. Não por coincidência, Burton aproveitou a oportunidade para resgatar a essência da maison em uma coleção que contrapõe força e delicadeza. “Para seguir em frente, é preciso voltar ao começo”, destacou a estreante.
Dessa maneira, a diretora criativa se dedicou às construções impecáveis e aos detalhes dignos de alta-costura. Técnicas de alfaiataria foram equilibradas a modelagens fluidas e drapeados, um paralelo entre estrutura e suavidade. Cada um dos looks traduzia sua visão sobre a mulher contemporânea multifacetada. Saiba mais sobre a estreia de Sarah Burton na Givenchy abaixo!
GIVENCHY OUTONO/INVERNO 2025
Sarah Burton não perdeu tempo em reestabelecer a estética da Givenchy após a confusão dos últimos seis anos com breves mandatos de designers. O desfile da Paris Fashion Week teve como foco a alfaiataria precisa, os ombros marcados e cinturas ajustadas (jogo de silhuetas que tem tudo a ver com a sofisticação de Hubert Givenchy!).
A coleção é majoritariamente monocromática, com alguns toques de amarelo-manteira e rosa-bebê em bodies, sobretudos e minivestidos. As estampas também são raras, exceto pelas únicas cinco peças floridas e duas com padronagens abstratas.
Falando em modelagens, vemos uma alfaiataria com toques femininos, com mangas bufantes volumosas e cinturas estreitas. Paralelamente, ternos grossos em espinha de peixe chamam atenção pelos blazers usados de trás para frente. As peças trazem detalhes profundos e fendas nas costas que valem a menção.
Vestidos de seda delicados aparecem ao lado de jaquetas de couro estilo motociclista. Enquanto isso, as calças revelam vislumbres de pele por meio de cortes profundos ao longo das costuras traseiras. O icônico bullet bra aparece reinterpretado amarrando a narrativa da coleção.
Entre os sapatos e acessórios, Sarah Burton entrega: mocassins baixos, sapatilhas de balé, botas de vinil de salto, óculos de sol com viseira grande, lenços de couro gigantes, brincos de pedras e punhos de pulseiras.
SARAH BURTON NA GIVENCHY
Sarah Burton na Givenchy não foi a única estreia na Paris Fashion Week, porém com certeza foi uma das mais aguardadas (senão a mais!). Além dela, Haider Ackermann chegou à Tom Ford e Julian Klausner à Dries Van Noten.
O motivo para tanta expectativa é que a diretora criativa esteve na Alexander McQueen durante nada menos do que 26 anos. Ela começou sua carreira na marca em 1997, pouco após se formar na Central Saint Martins College of Art and Design, em Londres.
Durante seu tempo na McQueen, Sarah Burton foi peça fundamental na construção do legado da marca, especialmente após a morte inesperada de Lee Alexander McQueen em 2010, quando ela assumiu o posto de diretora criativa.
Ela deixou o cargo em setembro de 2023, rendendo muitas especulações sobre seus próximos passos. Não demorou para o anúncio de Sarah Burton na Givenchy, assumindo o cargo que já foi do próprio McQueen, entre 1996 e 2001.
CONCLUSÃO
Muitos são os elogios à estreia de Sarah Burton entre a crítica de moda e os admiradores da marca. O motivo é que a designer soube reproduzir o que fazia de melhor em seu tempo de Alexander McQueen, ao mesmo tempo em que homenageou o legado da Givenchy.
A nova coleção equilibra leveza e rigidez com uma visão feminina que poucas marcas, a maioria delas comandadas por homens, conseguem reproduzir. O que fica é uma visão promissora do futuro da Givenchy sob o comando de Sarah Burton.
Se você curte conteúdo sobre moda e lifestyle, acesse o nosso canal do Youtube com a Fabíola Kassin.