Moda subversiva: a tendência polêmica

Você já deve ter visto alguém usando blusas com decotes assimétricos e transparências ao longo dos últimos meses. Esse novo estilo tem nome e é conhecido como “subversive fashion” (moda subversiva). As peças seguindo esse tipo de design foram originalmente criadas pela estilista albanesa Nensi Dojaka, vencedora de um dos maiores concursos do mercado da moda, o prêmio LVMH 2021.

Nensi já havia se tornado uma das estilistas preferidas de muitas celebridades no ano passado e após vencer o prêmio a designer vem crescendo mais ainda. Formada pela Central Saint Martins, onde lançou sua marca homônima em 2017, ela também recebeu seus diplomas de bacharel e mestrado pela universidade. Durante seus estudos estagiou para criadores como Fyodor Golan e Peter Pilotto.

Atualmente a estilista é conhecida por seus vestidos inspirados em peças de lingeries e itens recortados que remetem à estética dos anos 90. Ela afirma inspirar-se em designers icônicos como Ann Demeulemeester e Helmut Lang para a criação de seus looks. As peças de Dojaka são vendidas principalmente em grandes lojas e plataformas como a Ssense, Selfridges, Farfetch, LuisaViaRoma e Mytheresa.

O termo “básico subversivo” remete ao estilo básico que se transforma de forma inesperada, a ponto de perder sua utilidade. O que era uma regata agora pode ser uma peça cortada de diversas maneiras, expondo partes do corpo normalmente cobertas usando itens mais simples.

Os itens minimalistas, geralmente em tons neutros como preto, branco e bege costumam apresentar recortes ousados com diferentes camadas e amarrações, constituindo essa tendência vanguardista que também pode ser considerada como uma derivação de um estilo mais minimalista. Uma característica única sobre essa micro tendência bastante específica é o quão popular e diversificada ela acabou se tornando.

O básico subversivo marcou presença nas passarelas das últimas temporadas, com looks populares criados pela Mugler contornando os corpos das modelos com diferentes recortes, transparências e formatos geométricos. Mas designers renomados não foram os únicos responsáveis pela desconstrução do estilo básico. Diversas pessoas mais jovens compartilharam conteúdos na internet criando suas próprias peças subversivas com meias e camisetas velhas.

A moda DIY do início dos anos 2000 retorna junto com outras mega tendências relacionadas ao estilo Y2K. Inclusive, o estilo básico subversivo é extremamente acessível, podendo ser alcançado com a customização de diversos pares de meias e outras peças um pouco mais justas, sobrepondo-as em camadas.

Além disso, os consumidores têm procurando cada vez mais um estilo único e individualista, fugindo de roupas prontas para uso com tamanhos únicas. Apesar do nome, a tendência oferece peças diferenciadas das mais comuns, sendo um sucesso nessa era moderna da moda.

Com isso, diversas pessoas gostaram dessa nova tendência e começaram a usar blusas, vestidos e calças com esses recortes e essa estilo de transparência, que lembra um pouco uma meia calça. Inclusive, algumas peças acertam na sensualidade e outras extrapolam um pouco. A trend está fazendo tanto sucesso que compartilhamos um vídeo no canal sobre esse tema, mostrando nossos looks preferidos e dicas de como usar esse estilo de forma prática.

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