Post Malone jogou seu chapéu de dez galões na arena da moda internacional com um desfile da Austin Post que combinou camisas jeans com botões de pressão, jaquetas de couro com franjas, fivelas de cinto tamanho porta-copo e até um cavalo no grand finale. A entrada do animal na passarela encerrou o show com humor irreverente e um “souvenir perfumado”, sublinhando o tom lúdico da apresentação.
Na noite de segunda-feira, em Paris, o músico revelou a coleção Austin Post no palacete que já foi residência de Karl Lagerfeld. O logotipo AP foi pintado em um muro do pátio; depois, o clima seguiu festivo no jardim, com Post brindando com Bud Light, posando para fotos com fãs e até embalando o bebê de uma admiradora insistente.
“Season 1”: o que ele usaria agora
“É algo que sempre quis fazer, por que não agora?”, disse o artista, explicando que a Season 1 representa “o que eu usaria hoje”. Aos 30 anos, ele enfatizou que as peças têm “pegada robusta” e destacou um pilar do projeto: o denim é produzido nos Estados Unidos.
O repertório veste o palco e a rua: jeans justos com Jacron em pônei, blusões de veludo com tachas e botas western com esporas. A coleção projeta uma leitura elevada do western, rica em franjas e conchos medalhão, mantendo a familiaridade do armário country com um acabamento pensado para durabilidade.
Colaborações e linguagem visual
Nos pés, as botas surgem em colaboração com a Lucchese, tradicional fabricante texana, somando legitimidade artesanal à proposta. Nos óculos, a parceria é com a Jacques-Marie Mage, de Los Angeles; o fundador, Jérôme Mage, compartilha com Post o apreço por joias de turquesa e outros elementos do Sudoeste americano.
A estética western de Post dialoga com um momento mais amplo: o retorno do tema ao centro da cultura pop. Nos últimos tempos, o motivo foi reativado em propostas de passarela e palco da leitura masculina de outono a álbuns e turnês estrelados, e aqui ganha a assinatura pessoal do artista em cortes, ornamentos e atitude.
Preço, público e recepção
Apesar da aura de show, Post afirmou que a Austin Post custará menos do que grifes de luxo, para que as pessoas “usem, aproveitem e guardem por anos”. A ambição é criar peças queridas e duráveis, mais do que troféus de temporada: uma estratégia para construir comunidade em torno do uso real.
A plateia refletiu o cruzamento de mundos: além de editores parisienses, passaram por lá rappers como A$AP Nast e Django, além de compradores de varejo, incluindo Selfridges. Mais chapéus, jaquetas jeans e tatuagens faciais do que o usual em Paris? Sim, é exatamente esse choque cultural que ajudou a moldar a narrativa da estreia.
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Agenda, pop-up e próximos passos
A passagem por Paris coincidiu com a Big Ass World Tour, que levou Post Malone a um show na La Défense Arena. O artista confessou amar a cidade e querer trazer “as shenanigans e a Bud Light” para o cenário francês.
Em paralelo ao desfile, o músico abriu um pop-up no Marais, na Words Sounds Colors & Shapes. Em Nova York, ele planeja uma apresentação em 19 e 20 de setembro para lançar a Foundation Collection, definida como uma linha permanente de silhuetas de alfaiataria inspiradas no guarda-roupa do próprio Austin, o nome civil por trás de Post Malone.
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