Para celebrar seus 30 anos de história, a Jimmy Choo mergulha em suas raízes e apresenta a coleção “The Archive: 1997–2001”. Com curadoria de Sandra Choi, diretora criativa da marca, a linha traz de volta oito modelos emblemáticos que marcaram a identidade da grife entre o fim dos anos 1990 e o início dos anos 2000.
Cada par reeditado reflete a sofisticação, o glamour e a feminilidade que moldaram a essência da marca ao longo das décadas. Ao revisitar essa fase inaugural, Jimmy Choo reafirma seu compromisso com o design atemporal e a excelência artesanal, mantendo viva a memória de uma era marcante da moda.
Uma curadoria afetiva com assinatura de Sandra Choi
A coleção foi cuidadosamente selecionada por Sandra Choi, em colaboração com o estilista Conner Ives e o jornalista e curador Alexander Fury. A proposta vai além da nostalgia: ela conecta o espírito da virada do milênio às tendências contemporâneas, evidenciando como as peças continuam relevantes hoje.
Para Choi, revisitar os cinco primeiros anos da marca foi um processo emocional e estratégico. Os modelos escolhidos não apenas traduzem a estética da época, mas também ressaltam os valores duradouros da Jimmy Choo: empoderamento feminino, elegância e ousadia.
Ícones que marcaram a cultura pop e a moda de luxo
Entre os destaques está o modelo “72138”, criado em 1998 e eternizado por Sarah Jessica Parker em Sex and the City, com a famosa frase “I lost my Choo!”. Feito em camurça lilás vintage e adornado com penas, o sapato se tornou símbolo do luxo irreverente da época.
Outro relançamento é “The Strappy”, sandália de tiras cruzadas que estreou na coleção de verão 1997. Com sensualidade refinada, ela desafia convenções sobre feminilidade e reforça a precisão técnica da marca. O modelo “Leo”, por sua vez, exibe estampa de oncinha e foi imortalizado na cena de abertura da mesma série de TV, refletindo o estilo ousado dos anos 1990.
Inovação e contradição como parte da essência da marca
A Jimmy Choo sempre soube brincar com opostos. Prova disso é “The Slide”, mule rasteira em nobuck verde menta lançada em 1999, que combina glamour e casualidade em um só design. Já “The Boot”, bota em couro com estampa de píton, traz o espírito audacioso da campanha original de 2000.
Outro exemplo dessa dualidade é “The Bow”, modelo de 2000 que mistura estampa de bolinhas com couro imitando cobra e laços assimétricos, criando um visual forte e gracioso ao mesmo tempo. Essas releituras mostram como a marca se mantém relevante ao explorar diferentes linguagens visuais sem perder sua identidade.
A herança da Jimmy Choo como arte em formato de sapatos
A coleção também inclui modelos que transformam os sapatos em peças de arte. É o caso de “The Flower”, sucesso da primavera/verão 2001, com sua base metálica minimalista e uma delicada flor bordada em seda no topo. Já “The Thong”, sandália com salto alto e malha metálica prateada, resgata o amor da virada do milênio por tecidos fluidos e brilhantes.
Esses designs contam histórias que vão além da estética: falam de uma marca que começou no universo sob medida, atendendo figuras como a princesa Diana, e que soube se reinventar ao longo do tempo sem perder sua essência.
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Uma ponte entre passado, presente e futuro da moda
Com “The Archive: 1997–2001”, Jimmy Choo reafirma sua posição como ícone de estilo e inovação. A coleção celebra o legado da marca e antecipa os próximos passos em direção a uma moda que valoriza o passado, mas permanece conectada ao presente e ao futuro.
Mais do que sapatos, os modelos reeditados são artefatos culturais, heranças de uma era que definiram não apenas o DNA da marca, mas também a forma como o luxo é percebido hoje. A Jimmy Choo convida o público a reviver sua história, não como uma lembrança distante, mas como parte de um ciclo contínuo de criação e reinvenção.
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