Pedras raras e ideias abstratas brilham na nova coleção de alta-joalheria da Louis Vuitton

A mais recente coleção de alta-joalheria da Louis Vuitton, intitulada Virtuosity, foi apresentada no imponente Castelo de Bellver, na ilha de Maiorca. Composta por 110 peças, a linha une artesanato impecável e imaginação sem limites, destacando-se por seu conceito dividido em dois capítulos: “O Mundo da Mestria” e “O Mundo da Criatividade”. Essa abordagem revela a visão da maison francesa sobre o equilíbrio entre tradição e inovação.

Para a Louis Vuitton, o artesanato não é apenas uma técnica, mas o alicerce de toda a sua excelência. “Na Louis Vuitton, o artesanato é a base de todos os nossos métiers, e a alta-joalheria é a expressão mais refinada disso”, afirmou Pietro Beccari, CEO da marca. Esse compromisso com a excelência permitiu à maison criar peças que são tanto obras de arte quanto declarações de estilo.

Pedras raras e ideias abstratas brilham na nova coleção de alta-joalheria da Louis Vuitton
Foto: Louis Vuitton

Mestria como metáfora e ponto de partida

Na primeira parte da coleção, a Louis Vuitton explora sete temas relacionados ao conhecimento, da sua aquisição à sua maestria. Sob direção de Francesca Amfitheatrof, a coleção mergulha em uma linguagem visual ousada e gráfica, representando o saber como um processo contínuo e em camadas. As joias ganham vida em modelos usando looks criados por Nicolas Ghesquière, diretor artístico da linha feminina.

Entre os destaques está o colar “Savoir”, que traz um opala australiano negro com reflexos avermelhados raros, mantido em seu formato triangular original por respeito à forma natural da pedra. A peça dialoga com elementos clássicos da marca, como o uso de triângulos, referência tanto à expertise quanto aos cantos metálicos dos famosos baús da Louis Vuitton.

Pedras raras e ideias abstratas brilham na nova coleção de alta-joalheria da Louis Vuitton
Foto: Louis Vuitton

Pedras de valor histórico e design transformável

Outro destaque da coleção é o colar transformável “Apogée”, que pode ser usado de três formas diferentes. Ele traz uma esmeralda brasileira de mais de 30 quilates, descrita pelo gemólogo da maison como um verdadeiro “milagre”, por sua raridade e origem em uma mina que esteve inativa por mais de uma década. A peça também incorpora diamantes com lapidação Monogram Star, reforçando a identidade da marca.

Além da beleza das pedras, o design utilitário e sofisticado se destaca. Os colares fazem referência às ferragens e alças dos baús da marca, com detalhes como rebites e elementos móveis semicirculares. O resultado é uma obra-prima que equilibra estética e funcionalidade, elevando o conceito de joia para além do decorativo.

Pedras raras e ideias abstratas brilham na nova coleção de alta-joalheria da Louis Vuitton
Foto: Louis Vuitton

Criatividade abstrata e novas leituras dos códigos da maison

Na segunda parte da coleção, dedicada à criatividade, a Louis Vuitton se permite explorar formas mais orgânicas e contornos ousados. O colar “Joy” traz fios de ouro em espiral entrelaçados com gemas que variam de 10 a mais de 40 quilates, evocando uma sensação de leveza e dinamismo. Essa peça remete ao conceito de corda, reinterpretado em proporções XXL e com cores vibrantes.

As coleções “Florescence” e “Aura” também merecem destaque. A primeira apresenta colares de quatro voltas com turmalinas indicolitas e rubelitas, enquanto a segunda propõe uma nova interpretação da flor Monogram em ouro amarelo e turmalinas bicolores em tons rosados, que mudam de cor conforme o ângulo da luz. A lapidação reforça o efeito multicolorido, criando uma experiência visual singular.

Pedras raras e ideias abstratas brilham na nova coleção de alta-joalheria da Louis Vuitton
Foto: Louis Vuitton

Joias masculinas e simbologias protetoras

Pensando em seu público masculino, a Louis Vuitton desenvolveu a linha “Keeper”, composta por anéis estilo sinete, colares com correntes ousadas e broches com formatos de olho. Um exemplo é o colar com safira caxemira de mais de 10 quilates e detalhes inspirados nas ferragens dos baús. Os olhos representados nas peças simbolizam entidades benevolentes e oniscientes, guardiãs do conhecimento eterno.

Outra pedra de destaque foi o crisoberilo esverdeado, conhecido como “olho-de-gato”, presente em um dos broches. Essa inclusão reforça o conceito de proteção e vigilância, conectando o universo simbólico da marca ao apelo visual das joias. O resultado é uma coleção que conversa com diferentes públicos sem perder a coerência estética e narrativa.

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Pedras raras e ideias abstratas brilham na nova coleção de alta-joalheria da Louis Vuitton
Foto: Louis Vuitton

O sol eterno e o ápice do artesanato

A coleção culmina com o conjunto “Eternal Sun”, um espetáculo de design e curadoria de pedras. Com cerca de 60 quilates de diamantes amarelos, incluindo 27 exemplares vívidos das minas de Zimmi, em Serra Leoa, a peça central apresenta uma estrutura espiralada que faz os brilhos parecerem flutuar. A estrutura de metal praticamente desaparece sob os diamantes lapidados, criando uma ilusão de movimento contínuo.

Essas joias não apenas homenageiam as pedras raras, mas também exaltam o trabalho dos artesãos. A coleção Virtuosity é uma celebração do gesto preciso, da sensibilidade ao material e da coragem de deixar a natureza brilhar. Em cada detalhe, a Louis Vuitton reafirma sua posição como uma das líderes mundiais em alta-joalheria, unindo técnica, emoção e narrativa.

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