Bladee e Yung Lean reinventam botas Timberland

No Øya Festival, em Oslo, a moda encontrou a música de forma explosiva. Os artistas Bladee e Yung Lean subiram ao palco usando versões personalizadas das icônicas botas Timberland 6-Inch, transformadas em verdadeiras armaduras visuais. Com aplicações de spikes metálicos dourados e prateados, o duo sueco deu uma nova dimensão ao clássico modelo, reforçando sua estética única e seu impacto performático.

A escolha dos calçados não foi apenas estilística, mas conceitual. Ao lado de jaquetas de baterista combinando, as botas funcionaram como o elemento central da performance. Os spikes, distribuídos em cada detalhe, carregavam uma mensagem clara: transformar um objeto cotidiano em escultura viva, fundindo moda, música e atitude.

Bladee e Yung Lean reinventam botas Timberland
Foto: Divulgação/Cortesia

Yung Lean: o clássico Wheat em versão dourada

Yung Lean partiu da tradicional versão Wheat, a mais reconhecida da Timberland, mas a recriou com um toque agressivo e luxuoso. Sua bota recebeu spikes dourados que percorrem o cabedal, do bico ao calcanhar, lembrando costelas metálicas. O resultado foi uma peça que mesclou sofisticação e peso visual, desafiando o olhar do público.

Os detalhes não pararam por aí. As etiquetas penduradas e as ponteiras exibiam gráficos de caveira, reforçando o tom sombrio e enigmático que já marca a estética do artista. O colarinho acolchoado manteve o tom Wheat original, mas trouxe uma inscrição carregada de significado: “World Affairs”. Uma frase curta, quase como um emblema de missão, que ampliou o caráter narrativo do design.

Bladee e Yung Lean reinventam botas Timberland
Foto: Divulgação/Cortesia

Bladee: minimalismo branco com spikes prateados

Enquanto Lean optou pelo dourado, Bladee seguiu outra direção estética. Sua versão foi revestida por completo em branco monocromático, do cabedal ao colarinho. Sobre essa base limpa, surgiram spikes prateados que redefiniram a silhueta da bota, transformando-a em um objeto quase escultórico.

Ao eliminar as quebras de cor comuns do modelo clássico, Bladee colocou os spikes como protagonistas visuais, criando linhas geométricas afiadas e um efeito quase futurista. O colarinho ainda trazia inscrições pouco nítidas para o público à distância, mas que fãs próximos identificaram como as palavras “Shield” e “Drain”, símbolos ligados à sua própria narrativa artística.

Bladee e Yung Lean reinventam botas Timberland
Foto: Divulgação/Cortesia

Do cotidiano ao palco: botas como escultura

Colocadas lado a lado, as duas versões funcionavam como peças complementares. Apesar das diferenças estéticas, ambas respeitaram a estrutura robusta da Timberland 6-Inch, mas adicionaram peso, presença e impacto. Sob as luzes do palco e os painéis de LED, os spikes refletiam a intensidade do show e ampliavam a aura dramática da performance.

Esse contraste deixou claro como um item utilitário, associado à durabilidade e resistência, pode ser reinterpretado como objeto artístico. Nas mãos de Bladee e Yung Lean, as botas deixaram de ser apenas calçados para se tornarem declarações visuais, carregadas de intenção e estilo.

Narrativa de palco: moda e música em sintonia

Mais do que criar uma nova silhueta ou seguir tendências passageiras, Bladee e Yung Lean mostraram o poder de explorar o que já funciona bem. A estrutura limpa, os painéis resistentes e a imponência das botas Timberland foram elevados a outro nível, transformando-se em ferramentas de performance.

Essa reinvenção uniu moda e música em uma narrativa comum. Dois artistas, um mesmo modelo e duas versões carregadas de significados: uma dourada e outra prateada. O resultado foi mais do que um acessório de palco: foi uma afirmação estética que refletiu identidade, ousadia e criatividade.

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Timberland 6-Inch: do clássico ao experimental

As botas Timberland 6-Inch já são reconhecidas globalmente como ícones do streetwear e do workwear, mas nas mãos de Bladee e Yung Lean ganharam um novo papel. Mais do que calçados resistentes, elas se tornaram símbolos de estilo e rebeldia. Essa personalização mostrou como peças clássicas podem se renovar sem perder sua essência.

Ao reinventarem o modelo, os artistas não apenas destacaram sua visão de mundo, mas também ampliaram a discussão sobre a relação entre moda, identidade e performance. O palco do Øya Festival foi a vitrine perfeita para essa transformação, consolidando o encontro entre tradição e experimentação.

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