Giorgio Armani inaugurou, em 21 de maio de 2025, uma nova exposição no museu Armani/Silos, em Milão, para celebrar os 20 anos de sua linha de alta-costura, a Armani Privé. A mostra, intitulada Giorgio Armani Privé 2005–2025: Vinte Anos de Alta-Costura, marca também o início das comemorações pelos 50 anos da marca Armani, criada em 1975. Com curadoria do próprio estilista, a exposição mergulha nas duas décadas de sua produção artesanal mais sofisticada.
Ao todo, cerca de 150 looks serão apresentados em um cenário imersivo que combina moda, som e fragrância. A ambientação sonora e olfativa acompanha os visitantes pelos salões do museu, com a trilha sonora exclusiva tocando ao fundo e a fragrância Bois d’Encens, da linha Armani/Privé de perfumes, preenchendo o ar. A experiência sensorial reforça o caráter onírico e refinado das criações apresentadas.
O brilho de duas décadas de elegância à mão
Armani Privé nasceu como uma extensão do olhar refinado de Giorgio Armani para o universo da alta-costura. Ao longo de 20 anos, a linha se consolidou como símbolo de sofisticação atemporal, sendo presença constante nos tapetes vermelhos mais prestigiados do mundo. A exposição reúne desde vestidos bordados com pedrarias raras até peças minimalistas com cortes impecáveis.
Entre os destaques está o vestido usado por Anne Hathaway no Oscar de 2009, exemplo da maestria da casa em unir técnica e delicadeza em um design memorável. A curadoria de Giorgio Armani permite ao público observar a evolução de sua linguagem ao longo dos anos, com peças que conversam entre si mesmo separadas por coleções e contextos diferentes.
Armani/Silos: um museu com identidade própria
Inaugurado em 2015, o Armani/Silos é mais do que um museu: é o espaço onde Giorgio Armani compartilha sua trajetória criativa e homenageia talentos que admira. Instalado em um antigo depósito de grãos da Nestlé, construído na década de 1950, o local foi transformado com a mesma precisão que define a estética do estilista.
Armani foi o responsável direto por todas as etapas do projeto: arquitetura, design de interiores, curadoria e direção criativa. A decisão de manter a estrutura simples foi proposital, pois o estilista queria que as roupas fossem o foco da experiência. Desde sua inauguração, o espaço recebeu exposições de nomes como Peter Lindbergh, Larry Fink e do arquiteto Tadao Ando.
De Paris a Milão: o retorno das criações para casa
Embora tradicionalmente apresentadas durante a Semana de Alta-Costura de Paris, as coleções da Armani Privé retornam agora a Milão, cidade que abriga a essência e a sede criativa da marca. Essa transição simbólica traz as peças para mais perto das origens de Giorgio Armani, fortalecendo o vínculo entre o passado e o presente do estilista.
Com Giorgio Armani Privé 2005–2025, o público italiano, e internacional, poderá vivenciar, pela primeira vez em solo milanês, o impacto visual e emocional dessas criações. A mostra funciona como um tributo à liberdade criativa que a alta-costura proporciona ao designer, com cada vestido revelando sua atenção meticulosa aos detalhes e seu domínio técnico inigualável.
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Uma celebração da imaginação e do savoir-faire
Segundo o próprio Armani, a exposição representa a chance de compartilhar seu “sonho de vestidos tecidos a partir da imaginação e da graça”. A frase sintetiza a abordagem sensível e disciplinada do estilista, que vê na alta-costura uma forma de arte onde pode expressar sua visão sem limites.
A mostra ficará em cartaz no Armani/Silos até o final de 2025 e se posiciona como uma das principais homenagens à alta-costura contemporânea deste ano. Mais do que uma retrospectiva, trata-se de uma celebração de estilo, legado e reinvenção constante, elementos que definem a trajetória de Giorgio Armani e sua contribuição inestimável à moda global.
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