A espera acabou: a primeira campanha de Sarah Burton para a Givenchy está entre nós, apresentada em imagens capturadas por Collier Schorr. O projeto desloca o olhar para o trabalho coletivo e celebra a beleza das mulheres, trazendo para trás da câmera duas colaboradoras de longa data de Burton, a stylist Camilla Nickerson e a maquiadora Lucia Pieroni como parte do processo criativo que sustenta as fotos.
Mais do que um lançamento, trata-se de uma declaração: valorizar as mulheres que criam, dirigem e transformam a moda, do set ao estúdio. Ao reunir nomes que moldam a estética contemporânea e colocá‑los para construir imagens de forma colaborativa, a estreia de Burton sinaliza um caminho de liberdade, respeito e alegria compartilhada.
Uma estreia que olha para o coletivo
Ao convidar Nickerson e Pieroni para “ficarem atrás da lente”, Burton evidencia que a autoria, aqui, é plural. A campanha nasce de trocas reais no set: conversas, ajustes finos e aquela sinergia de equipe que costuma permanecer invisível ao público. O resultado é um registro que preserva a espontaneidade, sem abrir mão do rigor visual.
Nas palavras da diretora criativa, “a beleza de todas as mulheres me inspira, incluindo a minha equipe. Quis registrar as brilhantes mulheres com quem trabalho entre o elenco, momentos reais, com todo mundo criando junto”. O gesto reposiciona o bastidor como parte do palco e transforma o processo em narrativa.
Elenco multigeracional e plural
Além de Nickerson e Pieroni, a campanha reúne um elenco notável de mulheres de diferentes idades e trajetórias: Kaia Gerber, Adut Akech, Vittoria Ceretti, Nyaduola Gabriel, Eva Herzigova, Emeline Hoareau e Liu Wen. A convivência de gerações amplia repertórios e sinaliza que elegância e força criativa não pertencem a um único tempo.
Essa pluralidade aparece em gestos, olhares e na maneira como cada participante habita as peças. Há um diálogo entre experiências: quem chega agora e quem já pavimentou caminhos. O casting funciona como um microcosmo do momento atual da moda, no qual referências cruzam fronteiras e horizontes.
Estética e peças em destaque
A campanha apresenta a coleção mais recente da Givenchy, incluindo o vestido que evoca um estojo de maquiagem, uma peça‑declaração que brinca com códigos de beleza e objetos de desejo. Entre risos, poses fluidas e instantes de descontração, as imagens capturam a indisciplina elegante que sempre marcou a maison, agora filtrada pelo olhar de Burton.
A fotografia de Collier Schorr equilibra proximidade e construção, alternando enquadramentos íntimos com composições gráficas. O styling de Nickerson dá ritmo aos volumes e superfícies, enquanto Pieroni cria uma maquiagem que realça personalidades, não as uniformiza. Tudo coopera para um retrato de feminilidade livre, multifacetada e contemporânea.
Liberdade, empoderamento e o DNA da maison
Ao celebrar momentos lúdicos e o riso, a estreia reafirma a moda como linguagem de autonomia. Liberdade aqui não é ausência de forma, mas a possibilidade de escolher como vestir e como se mostrar. Entre transparências calculadas, texturas táteis e alfaiataria precisa, o gesto criativo da coleção encontra seu eco em narrativas de autoexpressão.
Essa visão se alinha ao DNA histórico da Givenchy, sofisticação limpa, precisão de corte, respeito às proporções, e o projeta para o presente. O resultado é um equilíbrio entre herança e urgência contemporânea, no qual a roupa é suporte e amplificador das histórias de quem a veste.
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Por que esta campanha importa agora
Em um cenário no qual a moda revisita seus processos, colocar a equipe criativa em evidência é um convite à transparência. A campanha de estreia de Sarah Burton reafirma a potência de times diversos e a força das colaborações de longo prazo, onde confiança e escuta geram imagens mais verdadeiras e memoráveis.
No fim, o que se vê é uma celebração de trabalho e afeto, mulheres inspirando mulheres, do bastidor ao clique final. A Givenchy, por meio dessa estreia, oferece um manifesto visual sobre beleza, liberdade e pertencimento.
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