Na nova campanha “Portraits of Kate”, Kate Moss e Self-Portrait optam por sair dos estúdios e se conectar com a vida real. Isso significa colocar ninguém menos que a própria Kate Moss para desfilar suas peças pelas ruas de Londres. Ao invés de cenários artificiais, a campanha escolhe a capital britânica como plano de fundo autêntico para registrar a modelo em movimento, de forma despretensiosa e com styling assinado por ela mesma.
Sob as lentes de Johnny Dufort, Kate caminha por bairros icônicos como Marylebone, Mayfair e Soho, usando looks da coleção como se fizessem parte de seu próprio guarda-roupa. A proposta é simples e poderosa: mostrar como mulheres reais se vestem no cotidiano, sem exageros, artifícios ou roteiros, apenas com personalidade e presença.
Um editorial espontâneo com styling livre de Kate Moss
Kate Moss, que já foi protagonista de inúmeras campanhas fashion ao longo das décadas, ganha aqui uma nova faceta: a de mulher que escolhe com liberdade o que vestir. A top afirma que teve carta branca da marca para montar os looks com peças Self-Portrait como se estivesse em seu próprio closet. O resultado foi uma seleção natural, intuitiva e coerente com seu estilo inconfundível.
Essa abordagem colaborativa, com foco na espontaneidade, foge dos padrões de campanhas de moda tradicionais. A ausência de personagens e de narrativa dramatizada coloca Kate como ela mesma, e isso basta. Ao dar total liberdade à modelo, a marca reforça sua identidade acessível e moderna, celebrando a conexão emocional que as mulheres têm com as roupas que escolhem usar no dia a dia.
O impacto da presença de Kate Moss fora das passarelas
A aparição de Kate caminhando casualmente pelas ruas londrinas ganha ainda mais força com um toque de realidade inesperado: a chegada de paparazzi de verdade durante o ensaio. Para muitos, isso poderia ser um empecilho, mas para Kate, se tornou apenas mais um detalhe que reforça a autenticidade do momento. Sua reação tranquila reflete a confiança de quem já é parte da história da moda.
Essa interferência da vida real, não planejada, contribui para a narrativa da campanha. As imagens, mesmo capturadas por um fotógrafo de moda, adquirem um caráter quase documental. Não é sobre montar uma cena, mas sobre flagrar um instante de conexão entre uma mulher, suas roupas e a cidade ao redor. Self-Portrait e Kate Moss tornam o cotidiano extraordinário.
Do papel às vitrines: a ativação urbana como extensão da campanha
A proposta visual da campanha não se limita às imagens digitais ou editoriais tradicionais. Em Londres e Nova York, os retratos de Kate foram espalhados pelas vitrines de bancas de jornal, criando uma instalação que mistura moda e paisagem urbana. As fotos foram impressas em larga escala e coladas como se fossem capas de tabloides retrô, resgatando um charme nostálgico.
A ativação, simples e engenhosa, levou a campanha diretamente ao público de forma inesperada e democrática. Em Fitzrovia, Soho e Mayfair, os posters interagem com o ambiente de maneira orgânica, reafirmando a proposta de proximidade com a mulher real. Do outro lado do Atlântico, o mesmo conceito foi aplicado nos quiosques do Lower East Side, em Nova York, reforçando o alcance global e o apelo urbano da campanha.
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Kate Moss e Self-portrait: Uma declaração sobre autenticidade na moda contemporânea
Para Han Chong, fundador e diretor criativo da Self-Portrait, a escolha por Kate Moss foi natural: “Com Kate, você não precisa transformá-la. Basta deixá-la ser. Sua autenticidade faz todo o trabalho.” Essa visão vai ao encontro do desejo da marca de retratar mulheres com autonomia e estilo próprio, sem a necessidade de moldá-las a um ideal inatingível.
A campanha “Portraits of Kate” não se apoia em grandes produções, mas em uma verdade poderosa: a moda não precisa ser reinventada o tempo todo. Às vezes, tudo o que ela precisa é de contexto real, roupas desejáveis e uma mulher que as vista com atitude. E quando essa mulher é Kate , o efeito é inevitavelmente icônico, ainda que com os pés no chão.
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