Museu Yves Saint Laurent inaugura a nova exposição,“As Flores de Yves Saint Laurent” em Paris, na sexta-feira, é a continuação da exibição que estreou em março no Museu Yves Saint Laurent, em Marrakech, os dois museus foram associados para uma programação comunitária. A exposição mostra como as flores foram um dos pilares das coleções do falecido costureiro, desde a sua primeira apresentação depois de assumir o cargo de diretor criativo da Christian Dior em 1958 até às suas últimas coleções em 2021.
A paixão de Yves Saint Laurent e Pierre Bergé pelas flores transcendia os limites da moda. Seus lares, tanto em Paris quanto em suas residências na França e Marrocos, eram verdadeiros oásis repletos de jardins exuberantes. Essa íntima relação com a natureza se manifestava não apenas em seus arredores, mas também em suas criações, desde as coleções de alta-costura até a seleção de obras de arte, como as pinturas de Vuillard e Matisse, que adornavam seus espaços. A casa de moda, por sua vez, era um reflexo dessa harmonia entre arte e natureza, onde as flores eram uma constante fonte de inspiração
Para celebrar a abertura da exposição, a entrada do museu parisiense foi transformada em um verdadeiro jardim efêmero,graças ao talento do florista Baptiste Pitou. Um exuberante arranjo floral, composto por girassóis e crisântemos vibrantes,homenageia a paixão de Saint Laurent pelas flores e evoca a atmosfera mágica de seus desfiles, dos quais Pitou já foi responsável pela cenografia.
Museu Yves Saint Laurent: uma experiência de moda completa
Gaël Mamine, curador da exposição em parceria com o historiador da moda Olivier Saillard, destaca a dualidade entre as exposições de Marrakech e Paris. Enquanto a primeira, com seus cenários escuros, realçava a vibração das cores e a ousadia dos designs de Saint Laurent, a exposição parisiense mergulha na intimidade do ateliê, revelando a relação do estilista com suas musas, equipe e a literatura, especialmente a obra de Marcel Proust.
Essa exposição deu oportunidade de buscar os designs raramente vistos dos arquivos, incluindo um vestido preto sem mangas com bordado 3D aplicado da primeira coleção de Saint Laurent em seu próprio nome em 1962, observou Serena Bucalo-Mussely, curadora e chefe de coleções do Yves Saint Museu Laurent.
Saint Laurent frequentemente prestava homenagem à Dior apresentando a flor da sorte de seu mentor, o lírio do vale, em seus designs. Em um suporte elegante, a flor aparece em um chapéu de palha de 1958 e em uma blusa de organdi de seda bordada de 2001, exibidas lado a lado.
A exposição não se limita ao universo da alta costura. A obra de Sam Falls, com suas impressões botânicas, estabelece um diálogo interdisciplinar, explorando a relação entre arte e natureza. A técnica de impressão direta sobre tecido, utilizada por Falls, cria uma conexão direta com as criações de Saint Laurent, onde as flores também eram protagonistas. A exposição convida o espectador a refletir sobre a importância da preservação da natureza e a celebração da beleza em suas diversas formas.
Um desfile de cores e texturas, a exposição “As Flores de Yves Saint Laurent” revela a profunda admiração do estilista pela natureza. Desde as delicadas sedas estampadas da Abraham até os intrincados bordados de Lesage e Hurel, cada peça é uma obra de arte. Esboços e acessórios, como o icônico capacete de cobre de Claude Lalanne, nos levam aos bastidores da criação. E como esquecer o inesquecível biquíni de rosas, usado por Laetitia Casta em 1999, que se tornou um marco da alta costura. A mostra, que vai até 4 de maio, é um convite a celebrar a beleza e a criatividade de um dos maiores estilistas de todos os tempos.
Confira este lançamento da marca Yves Saint Laurent.
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