Phoebe Gates, filha caçula de Bill e Melinda Gates, está trilhando seu próprio caminho no mundo dos negócios. Aos 22 anos, ela cofundou a Phia, uma startup que combina tecnologia e moda, em parceria com Sophia Kianni, colega de dormitório na Universidade de Stanford. A plataforma usa inteligência artificial para comparar preços de roupas, calçados e acessórios em mais de 40 mil sites, incluindo revendas de peças de segunda mão.
Batizada de “Google Flights da moda” por sua proposta comparativa, a Phia foi criada para facilitar a busca por ofertas e tornar a experiência de compra mais acessível, transparente e inteligente. Em menos de 48 horas após o lançamento, o app estreou no 21º lugar da App Store com mais de 100 mil downloads, e colocou Phoebe e Sophia no radar como duas das vozes mais relevantes do empreendedorismo feminino da geração Z.
A tecnologia como ponte entre moda e consumo consciente
A Phia funciona como uma extensão de navegador e aplicativo móvel, e oferece um recurso que avalia a melhor hora para comprar determinado produto, com base no histórico de preços. A ideia surgiu da frustração comum entre jovens consumidoras ao tentar encontrar boas ofertas de marcas favoritas online, sem perder horas navegando.
Além de promover economia, a plataforma incentiva o consumo mais consciente e sustentável ao integrar também produtos de second hand (segunda mão), acompanhando o crescimento do interesse da geração Z por soluções ligadas à circularidade na moda. A tecnologia de IA permite que a experiência de compra seja mais personalizada e eficiente.
Crescimento rápido e engajamento nas redes sociais
As fundadoras somam mais de 1,5 milhão de seguidores e ultrapassaram 100 milhões de impressões nas redes sociais desde o lançamento da Phia. Esse engajamento não apenas impulsionou a visibilidade da startup, como também atraiu o interesse de marcas e investidores do ecossistema de moda e tecnologia.
Para ampliar ainda mais sua presença, Phoebe e Sophia lançaram o podcast The Burnouts, em parceria com a Unwell Network. A proposta é mostrar os bastidores do empreendedorismo aos vinte e poucos anos, com uma abordagem honesta sobre as inseguranças, pressões e conquistas desse universo. Kris Jenner, investidora da Phia, participa da primeira temporada ao lado de outras mentoras como Sara Blakely (Spanx) e Whitney Wolfe Herd (Bumble).
O desafio de captar investimento sendo jovem e mulher
Apesar do sobrenome influente, Phoebe optou por não buscar investimento dos pais, mantendo a independência da Phia. O capital inicial de US$ 850 mil foi levantado com uma bolsa da própria universidade, fundos de venture capital e investidores-anjo. Segundo ela, o objetivo era provar a viabilidade da empresa com os próprios recursos e conexões.
No entanto, o caminho não foi livre de preconceitos. Em entrevista ao videocast Call Her Daddy, a dupla relatou que foi questionada por investidores sobre possíveis gravidezes e como isso afetaria os negócios, mesmo sem serem mães. Phoebe lembra do conselho firme de sua mãe: “Levante-se ou saia do jogo”. A fala virou um dos marcos da fundadora na construção da startup.
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Legado, propósito e conselhos de Bill Gates
Em vez de aporte financeiro, Bill Gates contribuiu com conselhos práticos sobre gestão e visão de longo prazo. Um deles marcou a trajetória de Phoebe: “Contrate pessoas mais inteligentes que você nas áreas que não domina”. Para ela, isso significa confiar em sua sócia, em engenheiros e no time técnico como base do sucesso da Phia.
A startup simboliza não apenas a iniciativa de jovens mulheres no mercado de tecnologia, mas também uma nova geração de herdeiros que busca caminhos próprios. Bill Gates já afirmou publicamente que seus filhos herdarão menos de 1% de sua fortuna. A decisão vem do desejo de que cada um conquiste suas realizações sem depender do nome da família, e a Phia parece ser um dos primeiros passos concretos de Phoebe nesse caminho.
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