Menos de três semanas após revelar sua coleção de estreia para a Balenciaga, o diretor criativo Pierpaolo Piccioli apresenta sua primeira campanha para a maison francesa. As imagens inauguram uma nova fase estética marcada por uma sensibilidade calorosa, intimista e humana, um contraste com o período anterior sob o comando de Demna.
De acordo com a marca, a nova mulher Balenciaga é definida por “força silenciosa, sensibilidade e autoconfiança”. A proposta reflete o desejo de Piccioli de resgatar o equilíbrio entre o poder e a delicadeza, reinterpretando o legado da casa com um olhar emocional e profundamente pessoal.
Uma nova visão para a mulher Balenciaga
A campanha foi fotografada por David Sims, colaborador frequente de Piccioli, no Hôtel de Maisons, um palacete do século XVIII localizado na margem esquerda de Paris que já foi residência de Karl Lagerfeld. O cenário histórico cria um contraste entre o luxo clássico e a atmosfera contemporânea da nova Balenciaga.
As protagonistas são Mona Tougaard e Sandra Murray, que aparecem em momentos de descontração e autenticidade. Em uma das imagens mais simbólicas, Mona surge descalça em uma cama desarrumada, vestindo um crop top e bermuda oversized da coleção de primavera 2026. Ao seu lado, repousa uma bolsa Rodeo, criada na era Demna, adornada com charms e a inicial do nome da modelo, um gesto de continuidade e respeito pela história recente da marca.
Ícones reinventados e heranças preservadas
A campanha também resgata outro ícone da Balenciaga: a City Bag, lançada em 2001 por Nicolas Ghesquière e considerada um dos acessórios “It” mais duradouros da moda. A presença da peça reforça o compromisso de Piccioli em honrar o passado da maison enquanto a conduz para uma nova direção criativa.
“Quis criar algo que fosse verdadeiramente pessoal, capaz de contar uma história de beleza natural e humanidade delicada”, declarou Piccioli. “David capturou Mona e Sandra como elas realmente são: espontâneas, reais, suaves e, ao mesmo tempo, fortes. Elas representam a essência da nova mulher Balenciaga e o início de um capítulo muito significativo para mim.”
Beleza como emoção e narrativa visual
Nas palavras da própria marca, a campanha busca “redefinir o que significa força hoje”. Fotografadas em meio à grandiosidade da arquitetura do século XVIII, as imagens revelam uma tensão orgânica entre juventude e austeridade, sofisticação e espontaneidade.
A luz natural, os gestos sutis e o ambiente despretensioso criam um retrato luminoso da nova fase da Balenciaga, na qual a beleza surge como emoção, não como imposição. Essa abordagem marca a transição para uma estética mais humana, onde o luxo se expressa através da empatia e da autenticidade, e não apenas pela extravagância.
Respeito ao legado e olhar para o futuro
Após décadas na Valentino, Pierpaolo Piccioli reforçou que não pretende apagar o trabalho de seus antecessores, mas construir sobre ele. O designer homenageia o próprio Cristóbal Balenciaga, reinterpretando suas silhuetas esculturais como os vestidos saco e as saias balão, mas com novas proporções, volumes e texturas.
Sua assinatura permanece intacta: romantismo moderno, cores opulentas e formas graciosas que unem tradição e emoção. A visão de Piccioli traduz o que muitos descrevem como uma nova sensibilidade para o luxo contemporâneo, mais voltado à expressão pessoal e menos à performance estética.
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Uma nova direção para a maison francesa
O lançamento da campanha, que será divulgado nas plataformas digitais da Balenciaga, representa um marco simbólico no reposicionamento da marca sob o olhar de Piccioli. A proposta é devolver à Balenciaga a sofisticação poética e emocional que marcou a era de seu fundador, ao mesmo tempo em que a insere nas conversas atuais sobre diversidade, leveza e autenticidade.
O traço inimitável de Piccioli, suas silhuetas escultóricas, seu uso opulento de cor e seu romantismo, brilha intensamente, projetando a Balenciaga em uma direção empolgante. O resultado é uma síntese entre o passado icônico da maison e o presente emocional de um criador que acredita na moda como forma de empatia e expressão humana.
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