A Primeira Semana de Moda Periférica acontece entre os dias 26 e 30 de novembro, promovida pela Fábrica de Cultura Jardim São Luís, um programa da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. O evento marca a conclusão da primeira turma do Núcleo de Moda, um projeto inovador que oferece formação têxtil e de empreendedorismo para comunidades periféricas.
O Núcleo de Moda e a Formação em Moda Periférica
O Núcleo de Moda da Fábrica de Cultura Jardim São Luís é um curso que integra moda periférica, identidade nacional e economia circular em sua proposta pedagógica. Durante dois anos, os aprendizes participaram de oficinas práticas, palestras e encontros com criadores renomados, como Cintia Félix, da AzMarias, e Brabo, da Brabo.br.
Além disso, o curso promoveu a Troca de Saberes, uma série de encontros sobre identidade, moodboard, direção de arte, corte e costura. Com ações como a Mostra Moda, que reuniu mais de 500 pessoas, o Núcleo impulsionou cerca de 40 empreendedores locais.
Desfiles e Coleções Colaborativas
Nos últimos dois anos, os aprendizes do Núcleo de Moda criaram quatro desfiles e produziram três coleções colaborativas. Essas iniciativas resultaram em peças que refletem a riqueza da moda periférica brasileira, valorizando a diversidade cultural e a sustentabilidade.
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A Programação da Primeira Semana de Moda Periférica
A Primeira Semana de Moda Periférica trará uma programação rica e diversa, incluindo bate-papos, desfiles e apresentações musicais. Destaques da programação:
- 26/11, às 19h: Bate-papo “Geração Curto Circuito Talks: Moda Periférica”.
- 27/11, às 19h: Palestra “Por uma moda circular, etnoracial, de gênero e periférica”.
- 28/11, às 19h: Roda de conversa “Liturgia da Moda: Vestimentas e culturas nas religiões de matriz africana”.
- 30/11, às 16h: Desfile do Núcleo de Moda, seguido por pocket shows de Tasha & Tracie (20h20) e Karol Conká (20h50).
Destaques do Desfile de Moda Periférica
O desfile de moda periférica será o ponto alto da Primeira Semana de Moda Periférica, trazendo à tona a criatividade e o talento dos 30 aprendizes que concluíram a formação no Núcleo de Moda. Este desfile é muito mais do que uma simples apresentação de roupas; é uma celebração da diversidade, da inclusão e da capacidade transformadora da moda.
As coleções apresentadas foram desenvolvidas de forma individual, refletindo as experiências e histórias de vida dos aprendizes, que são majoritariamente pessoas não-brancas e LGBTQIAPN+. As peças combinam técnicas de costura, identidade cultural e um olhar inovador, criando um impacto visual que vai além do estético.
O público pode esperar por looks que traduzem a essência da moda periférica brasileira: estilos que valorizam a cultura local, com propostas acolhedoras e cheias de propósito. Entre os materiais utilizados, destacam-se tecidos sustentáveis, estampas vibrantes e cortes que dialogam com as tendências globais, mas sem perder a autenticidade.
Além disso, o desfile é uma oportunidade única de visibilidade para esses novos talentos da moda. Para muitos deles, esta será a porta de entrada para o mercado, podendo conquistar espaço em um setor que está cada vez mais atento à importância da inclusão e à sustentabilidade.
Por fim, a curadoria do evento garantiu que cada coleção tenha sua voz, tornando o desfile uma verdadeira experiência de imersão na riqueza cultural das periferias brasileiras. Este é um momento que reafirma que a moda pode ser uma ferramenta poderosa de transformação social e cultural.
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