A cidade italiana de Veneza se torna o centro das atenções do mundo da arte com a abertura da 60ª Bienal de Artes, a mais importante exposição de arte contemporânea do planeta. Sob o tema provocador “Estrangeiros em Todos os Lugares”, a Bienal deste ano promete desafiar estereótipos e celebrar a diversidade cultural, com um foco especial em artistas marginalizados e comunidades indígenas.
Um dos destaques da exposição principal, curada pelo renomado brasileiro Adriano Pedrosa (diretor do Masp), é o mural monumental que toma conta do Pavilhão Central do Giardini. Criado pelo coletivo de artistas indígenas Huni Kuin, da Amazônia brasileira, a obra de 700 metros quadrados apresenta “alucinações” inspiradas em rituais sagrados de ayahuasca e narra a história “kapewë pukeni”, que significa “ponte do jacaré”. A lenda indígena conta a origem da separação entre os povos e lugares do mundo, convidando o público a refletir sobre a diversidade e a interconexão da humanidade.
Mais do que uma exposição de arte, a 60ª Bienal de Veneza é um manifesto pela inclusão e pela valorização das culturas marginalizadas. A presença de artistas indígenas na vanguarda da Bienal é um marco histórico que demonstra a importância da arte como ferramenta de resistência e expressão cultural.
A Bienal de Veneza fica aberta ao público de 20 de abril a 24 de novembro de 2024. Não perca a oportunidade de mergulhar em um universo de arte vibrante e engajador, que celebra a diversidade e convida a uma reflexão profunda sobre nossa sociedade.