A cantora e empresária Preta Gil faleceu neste domingo, 20 de julho de 2025, aos 50 anos, após uma longa batalha contra um câncer no intestino. A notícia foi confirmada pela equipe da artista. Ela estava nos Estados Unidos, onde realizava um tratamento experimental para combater a doença, diagnosticada em janeiro de 2023.
Filha do cantor Gilberto Gil, Preta construiu uma trajetória independente e autêntica dentro e fora dos palcos. Ela deixa o filho Francisco Gil, também músico e integrante do trio Gilsons, além de um legado artístico que mistura música, ativismo e uma forte presença na mídia brasileira.
Diagnóstico e luta contra o câncer
O câncer no intestino foi diagnosticado em Preta Gil no início de 2023, após um período de intensas dores e exames. A partir daí, ela iniciou um tratamento no Brasil, que incluiu cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Em busca de alternativas, a artista viajou posteriormente aos Estados Unidos para iniciar um protocolo experimental.
Durante todo o processo, Preta foi transparente com seus fãs. Em suas redes sociais, compartilhava detalhes da rotina médica, reflexões sobre a vida e mensagens de otimismo. Tornou-se também uma porta-voz involuntária da luta contra o câncer, encorajando outras pessoas a buscarem diagnóstico precoce e apoio emocional.
Uma trajetória de sucesso na música
Preta Gil lançou seu primeiro álbum em 2003, “Prêt-à-Porter”, com canções que misturavam pop, samba, funk e MPB. Ao longo dos anos, consolidou uma carreira sólida e sem medo de experimentar. Canções como “Sinais de Fogo” e “Stereo” marcaram sua discografia e foram trilhas de empoderamento e liberdade.
Além dos álbuns, Preta foi presença constante em trios elétricos no Carnaval, especialmente no Bloco da Preta, no Rio de Janeiro, que reunia multidões. Seu trabalho também abriu espaço para temas como diversidade, autoaceitação e o combate à gordofobia no cenário musical brasileiro.
Versatilidade além da música
Mais do que cantora, Preta Gil atuou como apresentadora, atriz e empresária. Participou de novelas e programas de TV, lançou uma linha de cosméticos e gerenciou a carreira de artistas através de sua empresa de produção. Sua atuação multifacetada a tornou uma figura pública de grande alcance e influência.
Ela também utilizava sua visibilidade para debater temas relevantes. Preta se posicionava publicamente sobre questões de direitos humanos, saúde da mulher, política e sexualidade. Com isso, ganhou reconhecimento como uma das artistas mais autênticas e combativas da sua geração.
Laços familiares e influência cultural
Nascida em uma família de grandes nomes da música brasileira, Preta era filha de Gilberto Gil e sobrinha de Caetano Veloso. Sua madrinha era a cantora Gal Costa. Apesar dessa herança artística, trilhou seu próprio caminho com identidade própria, ganhando espaço sem se apoiar apenas na fama familiar.
Seu filho, Francisco Gil, seguiu os passos da música e faz parte do grupo Gilsons, reforçando a continuidade da tradição musical na família. Preta sempre demonstrou orgulho da trajetória do filho e mantinha uma relação próxima com ele, sendo a maternidade um pilar importante de sua vida.
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Legado de coragem, arte e autenticidade
Preta Gil eternizou sua importância como artista e figura pública. Sua autenticidade, coragem e alegria continuarão inspirando fãs, colegas e futuras gerações. Ela usou sua voz para muito além da música, tornando-se símbolo de resistência, saúde mental e aceitação.
Seu legado não se limita aos palcos: está presente em sua luta pela vida, no modo como enfrentou o câncer e em sua forma única de viver com intensidade e propósito. Preta Gil deixa uma marca profunda na cultura brasileira e será lembrada não apenas pelo que cantou, mas pelo que representou.
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