A temporada de desfiles em Paris trouxe um anúncio que não passou pela passarela, mas roubou os holofotes: a criadora de NANA, Ai Yazawa, ilustrou uma nova capa comemorativa em colaboração com Vivienne Westwood para marcar os 25 anos do mangá. A edição especial NANA 25th Anniversary Edition, Vol. 1: Vivienne Westwood Edition coloca Nana Komatsu e Nana Osaki lado a lado, vestindo looks icônicos da grife britânica, num encontro que traduz moda, atitude e memória afetiva em uma única imagem.
A parceria oficializada amplia o diálogo entre duas forças culturais, unindo a linguagem visual de Yazawa ao legado irreverente de Westwood. É um tributo que celebra não apenas o aniversário da obra, mas a sua permanência no imaginário de leitores e leitoras que cresceram com as Nanas, e que agora podem revisitar esse universo por meio de uma capa que parece saída de uma passarela, pronta para ocupar lugar de destaque na estante dos colecionadores.

Uma peça que não desfilou em Paris
Enquanto a coleção recém-apresentada de Vivienne Westwood em Paris Fashion Week ainda ecoa, a capa comemorativa de NANA surge como “a peça” da temporada que não precisou pisar na passarela. O anúncio ressalta a potência do cruzamento entre moda e cultura pop, onde um artefato editorial pode carregar a mesma carga simbólica de um look de desfile: identidade, narrativa e desejo.
Nesse contexto, a colaboração transforma o volume 1 em objeto de culto: é publicação, é design e é memorabilia, tudo ao mesmo tempo. Ver Komatsu e Osaki “desfilando” em suas versões Westwood reforça o quanto a moda pode expandir o universo de um mangá, criando novas camadas de leitura e reencantando uma geração que acompanha a obra desde o fim dos anos 1990.

O que há na edição especial: detalhes e acabamento
Além da arte inédita da capa, a edição especial se destaca pelos detalhes gráficos: as laterais das páginas com spray xadrez (plaid sprayed edges) foram pensadas para harmonizar com o padrão visto nos figurinos de Nana Komatsu e Nana Osaki nesta capa comemorativa. É um acabamento que transforma o livro em peça de design tátil e visual, elevando a experiência de quem coleciona.
Outro ponto relevante é a coerência estética com a edição padrão do relançamento de 25 anos, que também integra essa linguagem de padrões. O resultado é um volume que funciona sozinho, como item de destaque, e ao mesmo tempo, se encaixa num conjunto pensado para marcar a data histórica. A promessa aqui é simples e poderosa: uma celebração editorial com qualidade de vitrine.

Dois universos, uma capa: moda e mangá em diálogo
A imagem de Yazawa para a colaboração com Vivienne Westwood opera como um runway editorial: as protagonistas surgem “em look”, com atitude e composição de cena que remetem a editoriais de moda. É um gesto que reforça como a moda amplia narrativas e como a ilustração pode capturar a vibração de um desfile sem palco, sem passarela, apenas com traço, cor e estilo.
Para leitoras e leitores, a capa serve como ponte entre linguagens. Para a moda, é a prova de que parcerias culturais seguem sendo uma via de criatividade e alcance. No fim, ganha quem coleciona, quem lê, quem aprecia moda e quem encontra nessa dobradinha um ícone revisitado à altura de um aniversário que pede algo mais do que nostalgia: pede reinvenção.
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Como acompanhar e por que a capa já é item de desejo
Sem precisar de grandes ações promocionais, a capa comemorativa oficial já nasce com aura de edição cobiçada, combinando um nome de peso da moda a uma das séries mais queridas dos quadrinhos. Para quem acompanha relançamentos e coleções especiais, vale ficar de olho nos canais oficiais da marca e da editora para atualizações de disponibilidade, tiragem e pontos de venda.
Enquanto isso, o reissue de 25 anos segue como oportunidade de reentrada no universo de NANA, seja para quem tem a coleção antiga e quer atualizar a prateleira, seja para quem chega agora e prefere começar por uma edição pensada como peça de design. Entre passarelas e prateleiras, esta colaboração prova que moda e mangá podem dividir o mesmo palco com a mesma força.
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