O Centre Pompidou, uma das instituições culturais mais emblemáticas da França, prepara sua chegada inédita à América do Sul. A nova sede será inaugurada em Foz do Iguaçu, no Paraná, em novembro de 2027, marcando um novo capítulo na estratégia de internacionalização do museu. Com investimento estimado em 240 milhões de dólares, o projeto será assinado pelo renomado arquiteto paraguaio Solano Benítez, conhecido por sua abordagem sustentável e pelo uso inovador de materiais.
A escolha de Foz do Iguaçu é estratégica pela localização, próxima às fronteiras com Argentina e Paraguai. A cidade abriga as Cataratas do Iguaçu, Patrimônio Mundial da UNESCO, e se torna agora um polo de conexão entre natureza e arte contemporânea global, com o selo de excelência do Centre Pompidou.

Uma expansão inédita do Pompidou para a América do Sul
Essa será a primeira filial permanente do Centre Pompidou na América do Sul. A instituição já possui unidades em cidades como Málaga, Metz e Xangai, e tem planos em andamento para inaugurar sedes em Bruxelas, Seul e Jersey City. A chegada ao Brasil representa um marco de descentralização e aproximação com o público latino-americano, reforçando o compromisso com a diversidade cultural.
O museu brasileiro, batizado de Centre Pompidou x Paraná, será uma plataforma multifuncional, com galerias expositivas, espaços para pesquisa, biblioteca e uma praça pública central. O objetivo é transformar o local em um centro de vivência comunitária e efervescência cultural, com eventos, festivais e mostras acessíveis à população local e visitantes internacionais.
Arquitetura integrada à paisagem e ao clima tropical
O projeto arquitetônico ficará sob responsabilidade de Solano Benítez, vencedor do Leão de Ouro na Bienal de Veneza de 2016. Com uma abordagem que valoriza técnicas construtivas sustentáveis e soluções baseadas em materiais locais, Benítez buscará estabelecer uma harmonia visual e funcional com o entorno natural das Cataratas do Iguaçu.
Além do impacto estético, a proposta prevê soluções que respeitam o bioma local e buscam reduzir a pegada ambiental da construção. O museu oferecerá vistas privilegiadas para as cataratas e integrará caminhos sombreados, ventilação natural e áreas verdes, promovendo uma experiência sensorial alinhada à proposta artística do espaço.
Programação centrada na arte contemporânea sul-americana
Com um acervo original de mais de 150 mil obras, o Centre Pompidou pretende selecionar peças e exposições que dialoguem com a identidade artística sul-americana. A nova unidade no Paraná será palco de mostras itinerantes, colaborações institucionais e programas de residência artística com foco na produção contemporânea da região.
A proposta curatorial visa não apenas apresentar obras de artistas consolidados, mas também incentivar novos nomes e movimentos emergentes. A diversidade estética, política e cultural da América do Sul será explorada como eixo temático central das exposições e atividades oferecidas ao público.
Um novo polo turístico e cultural para o Brasil
Com a abertura prevista para novembro de 2027, o Centre Pompidou x Paraná tem potencial para se tornar um dos principais destinos culturais do país, somando-se à força turística das Cataratas. A unidade deve atrair visitantes nacionais e estrangeiros interessados em arte, arquitetura e experiências culturais inovadoras.
Além disso, a instalação do museu deve estimular a economia local, gerar empregos e fomentar o turismo cultural na região da tríplice fronteira. A sinergia entre natureza, arte e educação promete consolidar Foz do Iguaçu como um território fértil para trocas criativas e desenvolvimento sustentável.
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Sede parisiense se prepara para grande reforma
Enquanto o foco se volta para a expansão internacional, a sede histórica do Centre Pompidou em Paris entrará em reforma a partir de setembro de 2025, com previsão de fechamento por cinco anos. O projeto, avaliado em 280 milhões de dólares, visa modernizar o prédio original de 1977, atualizar os sistemas de energia e melhorar a acessibilidade.
Antes da pausa nas atividades, a instituição montará uma última grande exposição na biblioteca do museu, dedicada ao fotógrafo alemão Wolfgang Tillmans. A reestruturação reforça a ambição do Pompidou de manter sua relevância global, apostando tanto na inovação quanto na preservação de seu legado arquitetônico e cultural.
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