A Chanel pode estar prestes a entrar em uma nova era com a aguardada estreia do novo diretor criativo Matthieu Blazy, mas reafirma seu compromisso com as artes clássicas ao renovar seu apoio ao Balé da Ópera de Paris. A maison, que historicamente desenhou tutus para a companhia, reforça seu vínculo com uma das instituições culturais mais prestigiadas da França.
“Foi poético: as emoções, o cenário, os figurinos, tudo parecia tão preciso e rico. Senti que os bailarinos foram muito generosos conosco”, declarou a atriz francesa e embaixadora da Chanel, Anamaria Vartolomei. “A história era linda, e a primeira parte parecia um filme da Disney.”
Uma Noite Mágica no Palais Garnier
A apresentação da obra clássica do período romântico, Giselle, estrelada por Germain Louvet e Sae Eun Park, encantou os convidados. A noite também trouxe o balé contemporâneo Requiem for a Rose, de Annabelle Lopez Ochoa, além de um jantar de gala em um ambiente onírico repleto de flores dentro do icônico Palais Garnier.
Vartolomei, que recentemente cortou os cabelos longos para um papel em Mickey 17, comentou sobre sua relação com a maison. Ela trabalha com a Chanel desde os 12 anos, primeiro com Karl Lagerfeld e depois com Virginie Viard. Agora, aguarda com expectativa a estreia de Blazy: “Ele é misterioso, nunca dá entrevistas. Estou curiosa para ver como imagina a mulher Chanel.”
Criatividade e Moda se Encontram no Balé
Mesmo às vésperas da Semana de Moda de Paris, o evento atraiu criativos renomados, como Alain Paul, Harris Reed da Nina Ricci e a curadora Sarah Andelman, responsável por exposições da Zara e de Virgil Abloh.
Entre os convidados especiais estava Ashley Graham, rosto do perfume Venus da Nina Ricci, que foi ao evento a convite de Reed. “Este foi meu primeiro balé parisiense, e fiquei impressionada”, disse a modelo, que recentemente encerrou temporada na Broadway como Roxie Hart em Chicago.
Uma Noite de Apoio à Cultura Francesa
Patrocinado pela Rolex, o gala arrecadou 1,5 milhão de euros para apoiar a Ópera de Paris. “Reabrimos os espaços de dança em um momento de fragilidade. A dança, assim como a música, transcende diferenças e nos lembra do poder da beleza e da partilha”, declarou Alexander Neef, diretor geral da Ópera.
A noite foi aberta com o tradicional Défilé du Ballet, que reuniu mais de 300 bailarinos, incluindo as estrelas Étoiles, o Corpo de Balé e estudantes da École de Danse.
Chanel e o Ballet: Uma Parceria de Longa Data
Em sua 11ª edição, o Grand Gala reforçou a parceria entre a Chanel e a Ópera de Paris, iniciada em 2018. Além do evento, a maison apoia o Balé Júnior e a restauração dos quatro teatros da instituição. Também criou figurinos sob medida com o savoir-faire dos ateliês Lesage e Lemarié.
As bailarinas Étoiles usaram tutus e tiaras personalizados, criados em 2021, adornados com as icônicas camélias de cetim branco da Chanel. “Quando você vê os detalhes como a camélia, percebe o toque da maison. É elegante, generoso e feito apenas pela beleza”, acrescentou Vartolomei.
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Uma Celebração da Elegância e da Arte
O evento reuniu personalidades como Angèle, Amira Casar, Alton Mason e Charlotte Casiraghi, que desfrutaram de um jantar preparado pelos chefs Antoine Villard, Hanz Gueco e Zélikha Dinga, acompanhado de Champagne Taittinger.
Entre tradição, moda e cultura, a Chanel mostrou que sua ligação com as artes vai muito além das passarelas. O Grand Gala reforça não apenas sua herança estética, mas também sua contribuição para a preservação da cultura francesa.
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