No momento em que Hollywood aposta cada vez mais nos biopics, os filmes que contam a trajetória de grandes nomes da história, chegou a vez de cinco grandes artistas femininas brilharem nas telonas. Depois de produções que celebraram ícones como Elvis Presley, Charles Aznavour e Bob Dylan, o cinema agora se prepara para retratar as vidas de Janis Joplin, Ronnie Spector, Joni Mitchell, Sister Rosetta Tharpe e Linda Ronstadt.
Com suas vozes únicas, presenças marcantes e carreiras revolucionárias, essas mulheres ajudaram a moldar a história da música, mesmo que muitas vezes tenham sido ofuscadas em narrativas dominadas por homens. Agora, seus legados serão revisitados em produções que prometem colocar em destaque o talento e a importância dessas artistas para o rock’n’roll e a cultura pop mundial.
A reparação de uma ausência histórica
Durante décadas, a história do rock foi contada sob uma perspectiva masculina, um olhar que relegou muitas mulheres ao papel de fãs ou musas. Embora algumas biografias femininas tenham ganhado espaço nos últimos anos, como as de Amy Winehouse, Whitney Houston e Nina Simone, o número de produções sobre artistas homens segue muito mais expressivo. Essa lacuna deve começar a ser preenchida com os novos projetos em andamento, voltados para nomes que marcaram a cena musical dos anos 1960 e 1970.
Entre os filmes mais aguardados está o longa sobre Janis Joplin, que será protagonizado por Shailene Woodley. A cantora, conhecida como a “rainha da soul psicodélica”, teve uma trajetória curta, porém intensa, marcada por apresentações explosivas e por sua personalidade indomável. O projeto, que estava engavetado há anos, finalmente sai do papel com Woodley no papel principal.
De Meryl Streep a Zendaya: grandes atrizes em papéis memoráveis
Outro destaque será o filme sobre a canadense Joni Mitchell, ícone folk dos anos 70 e dona de uma das vozes mais reverenciadas da música. A direção fica por conta de Cameron Crowe, e Meryl Streep interpretará a artista na fase mais madura da vida. O projeto conta com a colaboração direta da própria Mitchell, o que garante ainda mais autenticidade ao roteiro.
Já Selena Gomez foi escolhida para viver Linda Ronstadt, estrela do country rock, em uma cinebiografia dirigida por David O. Russell. A semelhança física entre as duas é notável, e a expectativa é que Gomez consiga capturar a força e sensibilidade da artista que marcou gerações e colaborou com nomes como Neil Young e Dolly Parton.
Além disso, Zendaya foi confirmada no papel de Ronnie Spector, líder do grupo The Ronettes e uma das primeiras mulheres a se impor no universo do pop e do rock. O filme, dirigido por Barry Jenkins (diretor de Moonlight), foi aprovado pela própria Spector antes de sua morte. Outro projeto de destaque é o biopic sobre Sister Rosetta Tharpe, pioneira do rock e do gospel, que será interpretada por Lizzo. Tharpe foi uma das primeiras mulheres negras a utilizar guitarra elétrica em performances que inspiraram gerações futuras.
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Uma nova era de representatividade no cinema musical
Embora nenhum dos filmes tenha data de estreia confirmada, todos os projetos estão em estágios avançados de desenvolvimento ou pré-produção. O anúncio dessas cinebiografias representa um passo importante para o reconhecimento da contribuição feminina no cenário musical, e também para equilibrar a presença dessas artistas nas narrativas audiovisuais contemporâneas.
Com roteiros promissores e elencos estrelados, esses filmes têm tudo para reacender o interesse do público pelas histórias dessas mulheres extraordinárias. Mais do que homenagens, são correções históricas que chegam em boa hora, ampliando o olhar sobre quem realmente ajudou a construir a história do rock’n’roll.
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