A Europa se prepara para um dos eventos culturais mais marcantes da década: uma grande retrospectiva dedicada a Yayoi Kusama. A artista japonesa, considerada uma das mais influentes do século 20 e 21, terá sua obra apresentada em um percurso que atravessa mais de setenta anos de produção. A primeira parada será na Fondation Beyeler, em Basileia, no dia 12 de outubro de 2025.
A mostra é uma coprodução com o Museu Ludwig de Colônia e o Museu Stedelijk de Amsterdã, que também receberão a exposição em 2026. Entre as peças selecionadas estão trabalhos inéditos, obras históricas que nunca haviam sido exibidas no continente europeu e, claro, as célebres Infinity Mirror Rooms, instalações imersivas que transformaram Kusama em um ícone global.

O universo de Kusama em exposição
A retrospectiva apresenta todas as linguagens que Kusama explorou ao longo de sua trajetória. Pintura, escultura, instalação, performance, moda e literatura se entrelaçam para revelar a amplitude de um universo criativo que desafia limites. Os famosos padrões de bolinhas, a repetição obsessiva e a noção de infinito se tornam ferramentas para dissolver as fronteiras entre o indivíduo e o coletivo.
Essa proposta estética e conceitual é o que mantém Kusama atual e constantemente reinterpretada pelas novas gerações. A exposição reforça a importância de sua obra como um convite para refletir sobre identidade, conexão e a fluidez entre o eu e o todo.

Primeira parada: Fondation Beyeler
A Fondation Beyeler, localizada em Basileia, será o ponto de partida dessa jornada. A instituição é conhecida por abrigar exposições de artistas que marcaram a história da arte moderna e contemporânea. Abrigar Kusama nesse espaço significa posicioná-la ainda mais como uma criadora essencial para entender o século atual.
O anúncio gerou grande expectativa entre críticos, colecionadores e amantes da arte, que já se preparam para visitar a Suíça em outubro. Para muitos, essa será uma oportunidade única de vivenciar, em um só percurso, as diferentes fases de uma artista que se reinventou constantemente.

Um percurso europeu
Depois de Basileia, a retrospectiva seguirá para Colônia, onde ocupará o Museu Ludwig entre 14 de março e 2 de agosto de 2026. Em seguida, viajará para Amsterdã, chegando ao Museu Stedelijk de 11 de setembro de 2026 a 17 de janeiro de 2027. Essa rota fortalece a ideia de que a mostra não é apenas uma homenagem, mas também uma celebração continental da arte de Kusama.
A presença em três instituições de grande relevância consolida a dimensão histórica da exposição. Mais do que um evento isolado, trata-se de um projeto cultural que se desdobra em capítulos e conecta diferentes públicos europeus com a mesma narrativa artística.
O impacto cultural da mostra
Rein Wolfs, um dos curadores envolvidos, descreveu a retrospectiva como “um festim para os olhos”, ressaltando o caráter imersivo e transformador da obra de Kusama. A artista, que já inspirou colaborações na moda, no design e até em experiências digitais, continua sendo referência para pensar arte e sociedade de forma integrada.
O impacto esperado vai além do mundo artístico: a mostra promete atrair visitantes de todo o mundo, movimentar o turismo cultural e reforçar a Europa como centro de grandes eventos internacionais. Para Kusama, é também a chance de reafirmar seu legado como uma das artistas mais visionárias de sua época.
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Yayoi Kusama e a dissolução das fronteiras
A essência da obra de Yayoi Kusama está na capacidade de expandir percepções. Seus famosos pontos e repetições infinitas não são apenas recursos visuais, mas metáforas da dissolução das fronteiras entre corpo, mente e universo. Essa abordagem ganha ainda mais potência em retrospectivas, pois permite ao visitante enxergar conexões entre diferentes momentos de sua produção.
Para o público, a experiência é tanto estética quanto reflexiva. Ao se perder nos espelhos infinitos ou nas superfícies cobertas de bolinhas, o visitante é convidado a repensar seu próprio lugar no mundo. Assim, a exposição se torna mais do que um evento cultural: transforma-se em uma vivência existencial.
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