A partir da próxima semana, o público paulistano poderá vivenciar uma das mostras mais ambiciosas já realizadas no Brasil sobre Claude Monet, um dos nomes centrais do impressionismo. A exposição “A Ecologia de Monet” chega ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) com um acervo impressionante: são 32 obras, emprestadas por 19 instituições internacionais, entre elas o Musée d’Orsay, de Paris, e a National Gallery of Art, de Washington.
O Masp, que possui apenas duas obras do artista em seu acervo permanente, amplia significativamente a experiência de contato com a produção de Claude Monet por meio de parcerias com museus da França, Estados Unidos, Canadá, Hungria e Suíça. A mostra integra a programação anual do museu, que em 2025 tem como eixo curatorial o tema meio ambiente, propondo reflexões sobre natureza, paisagem e ecologia na arte.

Um passeio pelas paisagens que definiram o impressionismo
A exposição será dividida em cinco núcleos temáticos, organizados de acordo com os elementos mais recorrentes na obra de Monet. Os visitantes poderão explorar desde suas célebres representações de barcos e o rio Sena, até as obras inspiradas pela neblina, fumaça e o ambiente industrial do século XIX, além dos jardins de Giverny, que marcaram a fase mais madura do artista.
As obras selecionadas apresentam o olhar sensível de Monet para as transformações da natureza e da paisagem durante a Revolução Industrial. Suas pinceladas rápidas e vaporosas capturam o instante e a atmosfera, muitas vezes revelando uma tensão entre o progresso urbano e a permanência do mundo natural, um embate que segue atual.
Claude Monet e a natureza como protagonista
“A Ecologia de Monet” propõe uma leitura ampliada da obra do pintor, sublinhando seu envolvimento com temas ambientais muito antes de esse debate ganhar o centro da cultura contemporânea. A escolha do tema conecta o legado do artista francês com discussões urgentes sobre sustentabilidade e relação com o planeta.
Ao posicionar Claude Monet como um observador atento da natureza, um verdadeiro “caçador de imagens”, como a curadoria sugere, a exposição revela como a paisagem não era apenas pano de fundo, mas personagem ativa em sua pintura. Do reflexo dos barcos à fumaça sobre a água, das cores das flores ao céu enevoado, tudo é captura e comentário.
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Um evento de projeção internacional
Com empréstimos de instituições de peso como o Art Institute of Chicago, o Musée d’Orsay e museus de referência na Suíça e Hungria, a exposição fortalece o protagonismo do Masp no circuito internacional das artes. O projeto também confirma o interesse global por revisitarmos, com novos olhares, artistas que moldaram a história da arte ocidental.
Além da exibição física das obras, o Masp deve oferecer uma programação paralela com palestras, oficinas e materiais educativos que aprofundam as relações entre arte e ecologia. A mostra se estende por alguns meses, permitindo ao público brasileiro um mergulho cuidadoso e sensível no universo de Claude Monet.
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