A Meta acaba de lançar oficialmente seu novo aplicativo de inteligência artificial generativa (Meta AI), concorrente direto do ChatGPT, da OpenAI. O app é alimentado pelo modelo de linguagem Llama 4 e marca uma nova etapa da empresa no desenvolvimento de um ecossistema de IA mais personalizado e conectado com suas redes sociais.
A grande novidade do lançamento está na integração entre inteligência artificial, redes sociais e experiências de voz mais naturais. Além disso, a Meta já confirmou que passará a usar postagens e comentários públicos feitos por adultos em suas plataformas, na União Europeia, para treinar seus modelos de IA. A estratégia fortalece o uso de dados em larga escala, algo que a Meta já domina há anos.

Descubra o novo recurso social da Meta AI
O aplicativo conta com o recurso “Discover feed”, que adiciona uma camada social à experiência com a IA da Meta. Com ele, é possível visualizar o que amigos e contatos estão criando com o Meta AI, incluindo perguntas, prompts e conteúdos gerados por inteligência artificial. A ideia é tornar o uso da IA mais coletivo e integrado ao cotidiano digital dos usuários.
Segundo a própria Meta, a IA foi desenvolvida para se tornar mais útil à medida que aprende com cada pessoa. Ela promete interações mais fluidas e naturais, com um tom de conversa mais próximo da fala cotidiana. Além disso, a funcionalidade de voz em modo full-duplex, que pode ser ativada ou desativada, oferece uma experiência auditiva contínua, simulando diálogos humanos com mais realismo.

Como o Meta AI usa seus dados para personalizar respostas
Um dos diferenciais da Meta em relação à concorrência é sua capacidade de acesso a dados de redes sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp. Ao integrar essas plataformas por meio do Accounts Center, o Meta AI consegue cruzar informações do seu perfil, páginas curtidas e interações para entregar respostas mais personalizadas.
A Meta afirma que o objetivo é construir um ecossistema interoperável, onde a IA esteja presente de forma consistente nos óculos inteligentes, nas redes sociais e agora também no aplicativo independente. A experiência do usuário passa a ser contínua e conectada, com transições suaves entre diferentes dispositivos e canais da marca.

Privacidade e coleta de dados: o debate continua
Desde que a OpenAI lançou o ChatGPT em 2022, o debate sobre privacidade, propriedade intelectual e ética no uso de dados se intensificou. Críticas foram direcionadas à OpenAI por treinar seus modelos com obras de artistas independentes e por ferramentas como seu editor de imagens no estilo Studio Ghibli. Agora, é a vez da Meta enfrentar questionamentos semelhantes.
O fato de a Meta possuir acesso direto a uma das maiores bases de dados sociais do mundo gera preocupação sobre os limites do uso de informações pessoais. A empresa afirma que os usuários terão controle individual sobre os tipos de dados compartilhados, mas especialistas alertam para a necessidade de mais transparência em relação à coleta, uso e proteção dessas informações.
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O que diferencia o Meta AI de outras inteligências artificiais
O principal diferencial do Meta AI em relação a outras IAs generativas está na sua profunda integração com o ecossistema de redes sociais da própria Meta. A capacidade de acessar dados reais como perfis, postagens públicas, curtidas e interações permite que a IA entregue respostas mais personalizadas e contextuais, baseadas no comportamento e nas preferências individuais dos usuários. Isso representa uma vantagem competitiva significativa, pois amplia a noção de “personalização” para além do histórico de conversas com o usuário.
Enquanto outras IAs como o ChatGPT, da OpenAI, precisam operar com bases de dados amplas, mas genéricas, o Meta AI parte de uma fonte viva e dinâmica de dados sociais. Essa diferença de origem e profundidade dos dados afeta diretamente a qualidade e a precisão das respostas. Com isso, a Meta não apenas lança um app de IA, mas posiciona sua tecnologia como parte central da experiência social digital, um movimento que pode redefinir o papel da IA no cotidiano conectado.
Com o lançamento de seu aplicativo de inteligência artificial, a Meta dá um passo estratégico para consolidar um ecossistema de IA social, integrado e altamente personalizado. Ao usar dados já compartilhados em suas plataformas, a empresa transforma sua base de usuários em combustível para uma IA mais contextual e responsiva. No centro desse movimento, estão temas urgentes como privacidade, ética e transparência, e os próximos meses dirão como o público e o mercado irão reagir a essa nova fase da inteligência artificial.
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