A Miu Miu está de volta como parceira oficial do programa de arte pública da Art Basel para a Art Basel Paris 2025. E para celebrar essa participação, a marca italiana estreia uma nova obra performática da artista britânica Helen Marten, intitulada 30 Blizzards. O trabalho será apresentado no prestigiado Palais d’Iéna, localizado próximo ao rio Sena, entre os dias 22 e 26 de outubro.
A performance é uma colaboração com o diretor de teatro e ópera Fabio Cherstich e a compositora Beatrice Dillon. Com elementos de escultura, vídeo e movimentos coreografados, 30 Blizzards marca a primeira incursão de Marten no universo da performance ao vivo. A proposta é criar uma experiência sensorial imersiva, que ultrapassa os limites tradicionais entre arte visual e expressão corporal.
A trajetória de Helen Marten e seu reconhecimento internacional
Nascida em 1985 na cidade de Macclesfield, Reino Unido, Helen Marten desenvolve uma obra que transita entre escultura, pintura e vídeo. Sua pesquisa artística explora sistemas de linguagem, percepção e a materialidade das coisas. É comum ver em suas criações a justaposição entre materiais industriais — como madeira, aço e argila — e objetos do cotidiano.
Marten é formada pela Central Saint Martins e pela Universidade de Oxford, instituições de grande prestígio nas artes e humanidades. Ao longo dos anos, consolidou uma carreira marcada pela experimentação e pela construção de narrativas visuais complexas. Em 2016, foi laureada com o Prêmio Turner, um dos mais importantes da cena artística contemporânea, pelo conjunto de esculturas elaboradas com objetos encontrados e materiais diversos.
A estreia de 30 Blizzards na Art Basel Paris
O projeto 30 Blizzards representa uma nova fase na carreira da artista. Trata-se de sua primeira obra concebida como performance ao vivo, ampliando os caminhos da sua prática artística. A proposta é criar uma coreografia expandida, em que os corpos, os objetos e as imagens dialogam em um mesmo ambiente performático.
A escolha do Palais d’Iéna, com sua arquitetura monumental e importância cultural, reforça o caráter simbólico e estético da obra. A parceria com Cherstich e Dillon adiciona ainda mais camadas de complexidade ao trabalho, combinando música contemporânea e direção cênica de alto nível à visão singular de Marten.
Reconhecimento internacional e obras em coleções renomadas
Além do Turner Prize, Marten participou de eventos importantes como as Bienais de Veneza de 2013 e 2015 e a Bienal de Sydney em 2016. Suas obras fazem parte de acervos de museus de prestígio, como o MoMA (Nova York), a Tate (Londres) e o Stedelijk Museum (Amsterdã), confirmando seu impacto na arte contemporânea global.
A artista também é autora do livro The Boiled in Between (2020), que combina prosa experimental e reflexões filosóficas. Para os próximos anos, estão previstos dois novos lançamentos: Broken Villas, uma coletânea de ensaios, e Mud Physics, um livro teórico que dialoga com os temas presentes em sua produção visual.
Veja também: JAPA VALLEY TOKYO: Pharrell Williams, NIGO e NOT A HOTEL lançam novo projeto.
Art Basel Paris 2025: Continuidade do apoio da Miu Miu à arte contemporânea
Em 2024, a Miu Miu já havia demonstrado seu comprometimento com a arte ao apresentar o projeto Tales & Tellers, de Goshka Macuga, como parte da programação pública da Art Basel. Na ocasião, foram exibidos vídeos de desfiles da marca desde a coleção primavera/verão 2022, além de curtas-metragens encomendados pela iniciativa Women’s Tales, com direção de nomes como Agnès Varda e Miranda July.
Com 30 Blizzards, a Miu Miu reafirma sua posição como uma das marcas de moda que mais investem em diálogos entre moda, arte e cultura. A presença contínua da marca na Art Basel Paris consolida uma relação de parceria criativa com artistas de diferentes linguagens e contextos.
E se você quer se aprofundar com conteúdos sobre moda e lifestyle, acesse o nosso canal do Youtube com a Fabíola Kassin.
