Reino Unido proíbe anúncio da Calvin Klein da FKA twigs por exibi-la como “objeto sexual estereotipado”

Reino Unido proíbe anúncio da Calvin Klein da FKA twigs por exibi-la como "objeto sexual estereotipado"

A publicidade da Calvin Klein estrelada por FKA twigs foi banida no Reino Unido pela Advertising Standards Authority (ASA), que alegou que o anúncio era “irresponsável” e poderia ser considerado ofensivo por objetivar as mulheres.

O anúncio apresentava a artista e dançarina usando uma camisa jeans, com o lado direito do corpo exposto. A ASA afirmou que a composição da imagem desviava o foco dos espectadores para o corpo da modelo em vez das roupas que estavam sendo anunciadas. A organização destacou que a ênfase nas “características físicas” de twigs resultou na apresentação dela como um “objeto sexual estereotipado.”

A investigação da ASA foi iniciada após duas reclamações sobre a suposta sexualização excessiva do anúncio de twigs. Houve também reclamações contra outro anúncio da mesma campanha, estrelando a supermodelo Kendall Jenner, embora a ASA não tenha considerado este ofensivo.

A Calvin Klein defendeu o anúncio com twigs, alegando que as imagens não eram vulgares e retratavam duas mulheres confiantes e empoderadas que escolheram se identificar com a marca. A empresa afirmou que as poses de twigs eram “naturais e neutras.” Em resposta, twigs abordou a controvérsia em uma declaração no Instagram, rejeitando a rotulagem de “objeto sexual estereotipado” e enfatizando seu orgulho na fisicalidade, alinhando sua arte com figuras icônicas que quebraram padrões.

O episódio provocou debates sobre possíveis padrões duplos na avaliação de anúncios, já que a Calvin Klein lançou recentemente sua campanha de Primavera de 2024, estrelando Jeremy Allen White principalmente sem camisa e usando apenas as cuecas da marca.

Este incidente ressalta a sensibilidade em torno da representação feminina na publicidade e os desafios enfrentados pelas marcas para equilibrar a expressão artística com responsabilidade social. A discussão sobre padrões duplos persiste, destacando a necessidade contínua de avaliação crítica nas decisões de censura.

A Calvin Klein ainda não respondeu oficialmente às críticas, mas a controvérsia continua a levantar questões sobre como as marcas abordam a representação de gênero em suas campanhas publicitárias.

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