Revlon declara falência. A empresa americana de cosméticos acaba de entrar com um pedido de proteção contra falência, depois de anos lutando para superar marcas emergentes focadas no online. Sua fundação ocorreu no ano de 1932, durante o período da Grande Depressão. Criada pelos irmãos Charles e Joseph Revson, em parceria com o químico Charles Lachman, o responsável por contribuir com o “L” no nome Revlon.
A Revlon começou com um único produto, conhecido por ser um novo tipo de esmalte para unhas. Desenvolvido a partir de um processo de fabricação inédito para a época, utilizando pigmentos ao invés de corantes. O sucesso inicial da empresa foi tão grande, que em menos de 8 anos a organização transformou-se em um negócio multimilionário.
Com o passar dos anos, a empresa expandiu seu portfólio de produtos, revolucionando o mercado de beleza. Na década de 1950, a Revlon já havia se tornado uma marca internacional. Rompendo diferentes barreiras nos anos seguintes, tornando-se a primeira empresa de beleza do mundo a contratar uma modelo negra. Também movimentando o mercado, contratando diferentes celebridades para suas campanhas publicitárias, como Cindy Crawford, Iman e Claudia Schiffer.
Mas apesar de todo o sucesso ao redor do mundo, especialmente nos Estados Unidos, a Revlon entrou com um pedido de proteção contra falência depois de anos batalhando contra diferentes fatores. Como a concorrência crescente, grandes dívidas, problemas na cadeia de suprimentos e a falta de adaptação a diferentes padrões de beleza.
Esse processo no Brasil também é conhecido como recuperação judicial. A empresa é administrada por Debra Perelman, desde 2018 e acumulou uma dívida a longo prazo de mais de 3 bilhões de dólares. Assim que a aprovação judicial do processo for realizada, a empresa poderá receber mais 575 milhões de dólares dos seus financiadores para dar continuidade à produção de seus produtos.
De acordo com pedido oficial ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos, a Revlon listou ativos e passivos entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões. Mas mesmo assim, os executivos da empresa garantiram que o processo de reestruturação da dívida permitirá que a Revlon continue operando normalmente.
