Últimos destaques da Milan Fashion Week Spring 2024

Confira como foram os últimos desfiles da Milan Fashion Week

DOLCE & GABBANA
Seguindo a linha narrativa das três coleções anteriores, a dupla mantém a história das transparências com rendas e tecidos leves. Apostando principalmente em preto e branco, Domenico e Stefano evocam uma sensualidade bela e muito chique. A coleção evoca signos de castidade e pureza, com golas mais fechadas, e colide com conceitos fetichistas de corsets e transparências que revelam lindas lingeries. O desenvolvimento da alfaiataria também é um trabalho consistente que vem sendo realizado há algumas coleções. A contraposição da leveza e feminilidade das rendas e transparências dos vestidos com a robustez e a masculinidade dos blazers oversized, com gola de smoking, foi um ótimo truque de estilo. As estampas de poás e onça aparecem aqui, adicionando aquele tempero italiano à coleção.

JIL SANDER
A dupla Lucie e Luke Meier imagina uma coleção com elementos do streetstyle, porém com uma perspectiva chique e uma abordagem clean da marca. A paleta de cores é composta por tons inteligentes, como militar e cáqui, mantendo-se minimalista, de acordo com a tendência da semana. O oversized é apresentado de forma quadrada, com formas básicas, mas o mood é extremamente sofisticado e sem excessos. A estampa de pets grafada em alguns looks é super atual e descolada. Os jorts aparecem em quase toda a coleção, combinados com tops plissados e maxi coletes de alfaiataria oversized, redefinindo o conceito do streetstyle e elevando-o ao status de roupa de luxo.

THE ATTICO
Em seu primeiro desfile, a marca de luxo de Giorgia Tordini e Gilda Ambrosio trouxe um conceito street dramático em uma coleção que chama a atenção, com alfaiataria ajustada, ombros mais largos, reminiscentes dos anos 80, golas dramáticas, casacões longos, calças cargos diferenciadas, franjas, brilho, couros e muito mais. Apesar de ter muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, os jeans são bem bacanas, e as calças mais folgadas, caídas na cintura, são do tipo que funciona bem fora da passarela. A paleta de cores é sólida, e os casacões pesados dão um toque especial aos looks mais simples. Amigos estilistas que desfilaram durante a semana, como Sabato di Serno, da Gucci, e Maximillian Davis, da Ferragamo, reservaram um tempo para prestigiar o desfile da marca.

FERRAGAMO
A Ferragamo de Maximillian Davis traz para a passarela uma coleção com silhuetas mais ajustadas ao corpo, proporcionando um descanso em relação ao excesso de oversized que foi visto durante a semana. Davis ajusta alguns looks e reserva o volume para alguns vestidos, maxi saias em godês contidas e muito chiques. Os decotes são retos e profundos, e os vestidos mais justos são sensuais, porém extremamente casuais. A paleta de cores é rica, com destaque para um verde bandeira muito interessante. As estampas aparecem em preto e branco, confirmando a vibe moderna e descolada do desfile. Destaque para o jogo de cores, distribuídas de forma sinuosa nos looks bicolores. Maximillian entrega um desfile de edição honesta e precisa, coeso, chique e despojado na medida certa.

KAROLINE VITTO
A brasileira, que já desfilou pela marca incubadora londrina Fashion East durante a London Fashion Week, desta vez alça voo solo, sob a curadoria de Dolce & Gabbana, e mostra a que veio com sua moda plus size totalmente fora do convencional, repleta de fendas, decotes ousados, amarrações super sofisticadas e uma pegada fetichista. Vitto trabalha as franjas na horizontal, trazendo um toque de fetiche, e o jeans com inserções de couro e sem lavagem é classudo e descolado. Além disso, Karoline expõe muita pele, flertando com a moda praia de forma notável, um acerto total para a estação. Os looks com múltiplas amarrações são super sensuais e nada gratuitos, e os arames que transpassam decotes e aberturas, algo que ela já havia começado a explorar em sua coleção em Londres, adicionam um toque moderno e futurista às peças.

GIORGIO ARMANI
Ninguém faz uma moda chique e sóbria sem parecer chato e monótono como Giorgio. Apesar de apostar nos mesmos signos, a coleção sempre traz uma sensação de novidade. A paleta de cores é suave e se desenvolve gradualmente. O mood oriental chic, com tecidos acetinados, golas Mao e abotoamentos delicados, aparece em conjunto com calças molengas lindamente pregueadas. Blazers mais soltos e elegantes, cinturas marcadas, camisaria transparente com tecidos finos e estampas únicas compõem um visual refinado e cool, elevando o despojamento a um nível de luxo. Se pararmos para pensar, é uma outra perspectiva do “quiet luxury,” fino, delicado e simples, à moda Armani. Os tops cropped do final complementam as túnicas de seda e fazem uma ótima combinação com calças brancas belíssimas.

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