Kim Kardashian acaba de adicionar um novo item à sua linha de modeladores SKIMS . A nova Seamless Sculpt Face Wrap é o primeiro produto facial da marca e lembra uma cena icônica do filme A Morte Lhe Cai Bem (1992), em que Meryl Streep aparece usando uma faixa similar em nome da juventude eterna.
Lançado em 29 de julho, o acessório rapidamente se esgotou no site da SKIMS, impulsionado por fãs nostálgicos e entusiastas de skincare. A proposta da faixa é simples: modelar a linha do maxilar e o pescoço com uma peça confortável, feita com o tecido exclusivo da marca e fios de colágeno. Com fechamento em velcro, o produto é vendido nas cores “clay” e “cocoa” e se apresenta como “um item indispensável na sua rotina noturna”.
Inspiração cult: quando moda e cinema se encontram
Não é coincidência que a nova criação da SKIMS remeta diretamente ao clássico cult A Morte Lhe Cai Bem. Na trama, duas mulheres bebem uma poção mágica que promete juventude eterna, e Meryl Streep, como Madeline Ashton, aparece em uma cena icônica usando uma faixa facial bege muito semelhante à da SKIMS, ajustada no topo da cabeça e envolvendo o maxilar.
Além da faixa, a personagem também utiliza adesivos para rugas ao redor dos olhos e na testa, compondo um ritual de beleza quase caricatural, mas que, em 2025, ganha uma releitura de luxo pelas mãos de Kim Kardashian. A conexão entre cinema, vaidade e cultura pop foi imediatamente percebida pelos fãs nas redes sociais.
O apelo estético e o desejo de controle facial
Apesar do sucesso de vendas, especialistas alertam: os benefícios da faixa facial são temporários. A tendência de usar faixas de compressão no queixo viralizou no TikTok em 2024, mas logo foi questionada por profissionais da saúde. Segundo o cirurgião plástico Dr. Joel Kopelman, não há evidência científica que comprove efeitos duradouros no contorno facial.
“A compressão pode causar uma leve melhora estética momentânea por pressionar os tecidos moles, mas os efeitos não são permanentes”, explicou o médico ao Yahoo Life. O uso frequente do acessório, portanto, está mais ligado a uma sensação de cuidado e controle estético do que a transformações reais.
O veredicto médico: funciona mesmo?
O cirurgião reconstrutor Dr. Michael Bassiri-Tehrani também reforça que faixas compressivas são geralmente úteis apenas após procedimentos cirúrgicos. “Em indivíduos saudáveis que não passaram por cirurgia, o uso da faixa durante o sono tende a não oferecer benefícios cosméticos reais”, afirma.
Ainda assim, o interesse por soluções caseiras e produtos que prometem melhorias faciais imediatas mostra como o desejo pela juventude e pela beleza ideal continua forte, especialmente quando impulsionado por celebridades e marcas com grande apelo digital, como a SKIMS.
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Estética, nostalgia e desejo: o fenômeno da SKIMS Face Wrap
A faixa facial da SKIMS pode não entregar juventude eterna, mas certamente acerta no timing cultural. O produto une performance estética, narrativa de autocuidado e referência cinematográfica, criando um objeto de desejo que vai além da função prática. Em tempos de rotinas de beleza performáticas e viralizações instantâneas, essa interseção entre moda e ficção se transforma em estratégia de marketing.
Mesmo com a ausência de comprovação clínica, o lançamento da Seamless Sculpt Face Wrap reafirma o poder de Kim Kardashian como trendsetter. Ao transformar um item de skincare em símbolo cultural, a empresária mostra que, mais do que vender produtos, sua marca sabe construir desejo, mesmo que ele venha embalado por uma leve dose de ilusão.
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