Labubu, Toy Art e a febre das caixinhas surpresa: Por que todo mundo está obcecado?

O que parece só um bonequinho fofo, O lABUBU virou item de colecionador, símbolo fashion e até investimento milionário

Se você andou reparando umas pelúcias penduradas nas bolsas por aí, tipo um bichinho meio duvidoso chamado Labubu, saiba que isso não é só modinha aleatória. A coisa vai muito além da fofura. Essa febre que tomou as redes sociais e o street style do mundo todo faz parte de um universo chamado Toy Art – e é disso que a gente vai falar agora.

O que é Toy Art?

Toy Art é quando o brinquedo vira arte. Não é para brincar, é para colecionar, admirar e, em alguns casos, até investir. Esses bonequinhos, que podem ser de vinil, plástico ou pelúcia, surgem geralmente em edições limitadas, criados por artistas ou designers. E o público não são crianças – são adultos apaixonados por design, cultura pop e nostalgia.

Tudo começa com uma blind box, ou “caixa cega”. Isso significa que você compra sem saber o que tem dentro. É tipo um Kinder Ovo mais caro e sem chocolate. Pode vir um personagem comum, um que você já tem ou um ultra raro. E é aí que começa a caça.

Pop Mart: a gigante por trás da febre

A maioria dos toy arts que viraram febre global vêm da Pop Mart, empresa chinesa que virou referência mundial nesse mercado. Eles distribuem as famosas caixinhas com personagens de diversos artistas. Um dos mais icônicos é justamente o Labubu, criação do designer japonês Kasing Lung, que tem cara de bicho estranho mas é querido por meio mundo.

Tem também outras linhas, como a Molly, o Skullpanda, o Dimoo, entre vários outros. Cada série traz novos visuais e personagens, lançados por temporadas, igual coleção de roupa.

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Por que virou febre agora?

A volta dos “charms” — aqueles penduricalhos em bolsas e sapatos — reacendeu o gosto por esse tipo de item. A cereja do bolo foi quando Lisa do BLACKPINK apareceu com um Labubu pendurado na bolsa. Bastou um clique para o bichinho virar estrela global. A galera viu, repostou e pronto: virou item desejo.

A diferença de agora pra antigamente é que as redes sociais amplificam tudo. Um post viral no TikTok ou no Instagram é o suficiente pra transformar uma pelúcia de R$80 em um item que vale milhares.

Não é só pelúcia: tem luxo e collab também

Esse universo já bateu na porta do mercado de luxo faz tempo. O Toy Art mais famoso é o Bearbrick, da japonesa Medicom Toy. Ele já fez colabs com Chanel, Karl Lagerfeld, Nike, Supreme… e vários desses bonecos são vendidos por cifras altíssimas. Tem Bearbrick que custa mais de R$50 mil. E não é exagero.

Outro exemplo é o KAWS, artista que criou bonecos gigantes com olhos em X. Já expôs em museus, já colaborou com a Dior e também virou parte da decoração de restaurantes hype na Ásia.

E quem compra isso?

Gente comum, fãs de cultura pop, fashionistas, investidores e até celebridades. Tem quem compre porque acha fofo, tem quem vê como arte e tem quem veja como investimento. Aliás, é comum ver Toy Arts revendidos por 5x ou 10x o valor inicial. Um brinquedo de 8 dólares pode valer centenas em poucos meses, se for raro.

Vale a pena colecionar?

Se você curte arte, cultura pop e um pouco de adrenalina de blind box, pode ser divertido. Mas não se engane: não é barato e pode virar um buraco sem fundo. Ainda mais se você for do tipo que quer “completar a coleção”.

Algumas dicas:

  • Veja se a coleção te agrada mesmo ou se é só modinha.
  • Fique de olho nas collabs e edições limitadas.
  • Cuidado com falsificações, principalmente nas revendas.
  • Não compre achando que vai enriquecer. Isso aqui é pra quem curte o rolê, não pra quem quer dar golpe de sorte.

Então… Labubu é o novo Pokémon?

Mais ou menos. A lógica é parecida com as figurinhas e cartas colecionáveis. A diferença é que aqui a galera investe pesado em design, storytelling e exclusividade. A parte mais legal é que cada boneco tem uma história e um universo por trás.

No fim das contas, o Labubu pode ser só um bonequinho fofo pendurado na bolsa… ou o começo de uma nova obsessão.

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