Conheça a trajetória de Teté Conde, que largou o mercado tradicional para virar referência em conteúdo sobre moda, comportamento e marketing digital
Teté Conde pode até ter começado no mercado financeiro, mas foi na comunicação de moda que ela se encontrou de verdade. No episódio do Hypnotique Talk com Fabíola Kassin, ela contou tudo sobre sua trajetória nada óbvia até se tornar uma das vozes mais relevantes quando o assunto é moda, comportamento e marketing. De forma leve, direta e cheia de opinião, Teté mostrou que autenticidade não só tem espaço como é o novo ativo mais valioso da internet.
Do CLT ao TikTok
Com formação em Administração, Teté passou por várias experiências no mercado tradicional antes de mergulhar no trade marketing. Criou uma agência focada em experiências de marca, mas tudo mudou com a pandemia. Foi aí que veio a virada: ela resolveu começar a criar conteúdo digital, mas com um olhar diferente. Ao invés de falar só sobre tendências e roupas, decidiu abordar o business por trás da moda.
Começo do zero (e com medo)
Apesar de já trabalhar com marketing, Teté teve dificuldade no início. O primeiro vídeo para o TikTok foi frustrante — ela odiou tudo, chorou e pensou em desistir. Mas uma fala do marido (“então faz outra coisa”) acendeu a chama leonina que existe nela. Trancou-se em casa por uma semana, gravou novos vídeos com temas como comportamento e movimentações do mercado e… deu certo. O primeiro vídeo teve 1000 views e foi só o começo.
Autenticidade como diferencial
Ao longo da conversa, Teté bate na tecla que mais a diferencia de muitos criadores: opinião própria. Para ela, a internet virou uma máquina de gente falando a mesma coisa, sem profundidade. O que engaja hoje é quem tem algo real a dizer, mesmo que vá contra a corrente. “A nova era da informação é sobre profundidade”, afirma.
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O marketing está perdido
Um dos temas mais fortes do papo foi o conflito entre marcas e criadores. Teté aponta que muitas empresas ainda não entenderam como se comunicar no universo digital. Contratam criadores para acessar suas audiências, mas impõem roteiros engessados. O resultado? Campanhas que não funcionam. Segundo ela, falta estudo de marca, entendimento da comunidade do criador e co-criação de verdade.
Sobre algoritmos e GPTs
Um amigo de Teté usou o ChatGPT para analisar seus vídeos e sugerir um roteiro baseado no “jeito Teté Conde”. Apesar de reconhecer a utilidade da ferramenta, ela fez um alerta: inteligência artificial pode até sugerir formatos, mas nunca vai replicar a autenticidade humana.
Moda, mercado e caos criativo
A conversa foi além do marketing digital. Teté comentou também sobre a dança das cadeiras entre diretores criativos de marcas de luxo e como as decisões corporativas muitas vezes atropelam a construção de identidade de marca. Para ela, a moda precisa de tempo, coerência e menos pressa por resultados trimestrais.
Geração Z x Geração R
Outro ponto importante: o foco exagerado das marcas na geração Z. Teté questiona esse direcionamento total, já que esse público nem sempre tem poder de compra. Enquanto isso, outras faixas etárias, com maior poder aquisitivo, são ignoradas. Ela defende mais diversidade de perfis nas campanhas e representação real do consumidor atual.
Projetos futuros
Teté está à frente da Teté Academy, um projeto educacional gratuito voltado para democratizar o conhecimento sobre negócios de moda. E vem livro aí: Economia da Moda será lançado no segundo semestre, reunindo sua metodologia e visão sobre como comportamento e economia se cruzam na moda.
A mensagem final?
Autenticidade é tudo. E opinião bem construída engaja mais do que seguir tendências. Para as marcas, o recado é claro: sentem à mesa com os criadores e co-criem com quem entende do jogo. Teté é prova viva de que dá certo.
Se você curte conteúdo sobre moda e lifestyle, acesse o nosso canal do Youtube com a Fabíola Kassin.