Frieze London 2025: o epicentro global da arte contemporânea

Entre 15 e 19 de outubro, Londres se transforma em palco da Frieze London 2025, reunindo 168 galerias e redefinindo o circuito mundial de arte contemporânea.

Frieze London 2025: o epicentro global da arte contemporânea
Linda Nylind. Courtesy Frieze / Linda Nylind

A temporada de arte em Londres ganha fôlego com a chegada da Frieze London 2025. Entre os dias 15 e 19 de outubro, o evento ocupa o Regent’s Park com 168 galerias internacionais, propondo um olhar expandido sobre o que significa criar e consumir arte hoje.
Mais do que uma feira, a Frieze é um termômetro cultural, onde o mercado, a curadoria e a inovação caminham lado a lado.

Eva Langret, diretora da Frieze EMEA, resume o espírito da edição: “Londres tem uma energia impossível de replicar — está rugindo com novas ideias, galerias jovens e investimentos internacionais.”

O novo formato da Frieze London 2025

Nesta edição, a feira mantém o design que estreou no ano anterior, com o setor Focus ganhando destaque logo na entrada. A proposta: dar visibilidade a artistas emergentes e criar uma experiência imersiva já nos primeiros passos do visitante.

Entre os nomes que prometem marcar presença estão Gray Wielebinski, Xin Liu, Rafał Zajko, Delaine Le Bas e Eunjo Lee, artistas que traduzem o espírito experimental e híbrido desta nova geração.

Artistas consagrados curam novos talentos

Frieze London 2025: o epicentro global da arte contemporânea
Joseph Yaeger at Modern Art

O projeto Artist-to-Artist retorna com força total, convidando grandes nomes a selecionar artistas emergentes que admiram.
Chris Ofili apresenta Neal Tait; Amy Sherald indica René Treviño; e Camille Henrot traz Ilana Harris-Babou — todos reunidos sob uma curadoria afetiva e surpreendente.
Nicole Eisenman e Bharti Kher também participam, conectando gerações em um diálogo que atravessa estilos e geografias.

Essa iniciativa reforça a dimensão colaborativa da feira: um ecossistema em que o reconhecimento vem tanto do público quanto dos próprios criadores.

Blue-chip galleries e novos espaços em ascensão

As gigantes do mercado não ficaram de fora. Gagosian exibe trabalhos de Lauren Halsey, enquanto Lehmann Maupin apresenta obras de Do Ho Suh, em paralelo à retrospectiva do artista na Tate Modern.
A galeria Modern Art inaugura a exposição Polygrapher, de Joseph Yaeger, e Edel Assanti estreia Julianknxx, com uma obra inédita no Reino Unido.

Ao mesmo tempo, Londres vê uma onda de aberturas: Maureen Paley, Sadie Coles HQ e Modern Art inauguram novos endereços; já Hauser & Wirth prepara seu flagship para 2026.

🗞️ Nota da redação

Em 2024, a Frieze movimentou mais de US$ 150 milhões em vendas diretas, segundo a Art Basel & UBS Art Market Report. A expectativa para 2025 é ultrapassar esse número, consolidando Londres como o principal hub de negócios de arte na Europa.

Curadoria com consciência: “Echoes in the Present”

Frieze London 2025: o epicentro global da arte contemporânea
Camille Henrot e Ilana Harris-Babou fazem parte da iniciativa Artista-para-Artista
(Crédito da imagem: Fotografia de Ellen Fedors. Encomendado pela Frieze Studios)

Um dos núcleos mais aguardados é o novo setor Echoes in the Present, curado por Jareh Das, que aborda o impacto social e político da arte contemporânea.
A mostra destaca conexões entre África e Brasil, explorando heranças do tráfico transatlântico de escravizados por meio de obras de Bunmi Agusto, Diambe e Serigne Mbaye Camara.

Mais do que um recorte temático, o espaço amplia o debate sobre identidade, memória e descolonização visual, reafirmando o compromisso da Frieze com um mercado mais diverso e consciente.

Frieze Masters: história e mercado de alto valor

Frieze London 2025: o epicentro global da arte contemporânea
Lauren Halsey. Foto: Jeff McLane. Cortesia do artista e da Gagosian

Sob nova direção de Emanuela Tarizzo, a Frieze Masters 2025 volta a ser o contraponto histórico da feira principal.
A mostra reúne peças que vão de fósseis raros a manuscritos iluminados, além de obras de mestres como Frank Auerbach e registros icônicos de Peter Hujar.
Para colecionadores, é a chance de adquirir peças que talvez desapareçam em coleções privadas por décadas.

A curadora Sheena Wagstaff, do Metropolitan Museum of Art, define: “A Frieze Masters é uma colheita expansiva de séculos de arte — um lembrete de como o passado alimenta o presente.”

Londres no centro da arte global

Durante a semana da Frieze London 2025, a cidade respira arte em todos os bairros.
O espaço No.9 Cork Street, operado pela própria Frieze, recebe mostras de Zaam Arif, Ibrahim El Dessouki e um grupo de artistas do Cáucaso.
Já a galeria , de Lagos, traz obras de Prince Twins Seven-Seven, em sintonia com a exposição Nigerian Modernism da Tate Modern.

Essas conexões reforçam o papel de Londres como plataforma de diálogo cultural, onde instituições e artistas independentes coexistem em um mesmo pulso criativo.

Frieze London 2025 e o futuro do olhar

Mais do que uma feira, a Frieze London 2025 é um retrato do que a arte contemporânea representa hoje: pluralidade, colaboração e impacto social.
Em tempos de mudanças aceleradas, ela reafirma que o poder da arte está em sua capacidade de refletir o presente e imaginar o futuro.

💡 Leia também:

Confira os looks da passarela do Victoria’s Secret Fashion Show 2025

A volta da blusa de frente única: o item mais hot do verão (literalmente!)

Ah, se você curte conteúdo sobre moda e lifestyle, acesse o nosso canal do Youtube com a Fabíola Kassin.


VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR