Com mais de um século de história, a Gucci inicia um novo capítulo ao mesmo tempo em que homenageia seu rico legado. A maison italiana apresenta o projeto “Art of Silk”, uma celebração da excelência artesanal por trás de seus icônicos lenços de seda, que marcaram gerações e se tornaram peças-chave na construção da identidade visual da marca.
A iniciativa traz à tona o simbolismo dos lenços Gucci ao longo do tempo, unindo arte, moda e memória em uma nova coleção batizada de “90×90”, além do lançamento do livro “Gucci: The Art of Silk”, em colaboração com a editora Assouline. A proposta reforça o diálogo entre tradição e inovação e reposiciona a seda como uma verdadeira obra de arte contemporânea.

A campanha “90×90” e as raízes criativas da Gucci
O nome do projeto faz referência ao tamanho clássico dos lenços da Gucci: 90 cm x 90 cm. A nova coleção cápsula, que será lançada oficialmente em 1º de abril, trará lenços com obras assinadas por artistas como Robert Barry, Everett Glenn, Sara Leghissa, Currynew, Jonny Niesche, Gio Pastori, Walter Petrone, Yu Cai e Inji Seo. A campanha global será acompanhada de ativações presenciais, incluindo um evento na boutique da Rue Saint-Honoré, em Paris, e um jantar exclusivo.
Desde os anos 1950, a Gucci tem investido na criação de lenços de seda, com o primeiro exemplar datado de 1958, o náutico “Tolda di Nave”, produzido na cidade italiana de Como. A década de 1960 marcou uma virada criativa com a colaboração de Vittorio Accornero de Testa, responsável por elevar a estética da marca ao criar quase 80 estampas durante seu período na casa.
Entre elas, o famoso lenço Flora, encomendado em 1966 por Rodolfo Gucci para presentear a princesa Grace de Mônaco, tornou-se um marco. Inspirado na obra “Alegoria da Primavera”, de Sandro Botticelli, o desenho reúne 43 tipos de flores e insetos e exigiu 37 etapas de impressão para aplicação das cores.
Outros temas ganharam vida ao longo das décadas, como o animalia, lançado em 1969, com representações vívidas de leões, borboletas e aves. O padrão GG Monogram, introduzido no mesmo ano, surgiu como evolução do tradicional diamante da Gucci e passou a estampar lenços, gravatas e peças de vestuário. Já os temas equestres refletem a herança esportiva da marca, com o uso do Horsebit e da faixa Web, inspirados nos acessórios de montaria.
O livro “Gucci: The Art of Silk”
Em paralelo ao lançamento da nova coleção, a Gucci também se une à editora Assouline para publicar o livro “Gucci: The Art of Silk”, que oferece uma visão aprofundada sobre a evolução, o impacto cultural e o processo artesanal por trás dos lenços da marca. A obra foi editada por Jo-Ann Furniss e conta com textos de especialistas como Jennifer Sliwka e Christopher Wallace.
O volume conta com 300 páginas, capa dura, estojo revestido em seda estampada e logotipo em hot stamp dourado. Será distribuído globalmente através do site da Gucci, da Assouline, lojas físicas da editora e butiques da Gucci.
Veja também: Chanel leva o Rouge Coco Playground para Covent Garden com experiência imersiva.
Uma união entre tradição e inovação artística
O projeto reforça o compromisso da Gucci em preservar sua história ao mesmo tempo em que promove a reinvenção de seus códigos visuais. Para os artistas convidados, o desafio foi transformar os lenços em “telas vivas”, ressignificando a seda como suporte artístico. Desde a fusão de culturas e referências visuais até o uso de técnicas manuais, o resultado é uma coleção vibrante que une moda, arte e memória afetiva.
Com o lançamento do projeto “90×90” e do livro “The Art of Silk”, a Gucci não apenas reafirma sua relevância cultural como também destaca a seda como símbolo de sofisticação, criatividade e atemporalidade.
Se você curte conteúdo sobre moda e lifestyle, acesse o nosso canal do Youtube com a Fabíola Kassin.