Tendência dos looks espelhados futuristas segue em alta

O estilista Paco Rabane nos deixou há uma semana, mas seu legado visionário na moda permanece. Com a proximidade do Carnaval, muitas versões de uma de suas principais criações, o “Vestido Espelho”, aparecem replicadas por marcas e em produções super estilosas nas redes sociais.

É aquele vestido bem futurista, feito de placas metalizadas soltas, que o estilista lançou em 1960 e era tão à frente do seu tempo. Aliás, como tudo o que Paco Rabane realizou.


A personagem “Barbarella”, vivida pela atriz Jane Fonda no filme de 1968, apareceu na tela vestindo a criação do estilista e acabou se tornando sua musa. Um vestido de placas de metal parecia inimaginável para a época. Mas Paco Rabane era tão transgressor, que as pastilhas podiam ser compradas separadamente, para que cada um montasse o vestido do seu jeito. Você consegue imaginar isso na década de 60?

Meio século depois, o “Vestido Espelho” segue em alta com seus maxipaetês, metais e pastilhas plásticas. Taylor Swift usou um modelo em uma premiação, assim como tantas outras jovens mulheres. As criações de Paco Rabane são imortais, seguem em tops, saias, vestidos, misturando materiais, prata com dourado, absolutamente atemporal.


O estilista, que preferia ser considerado “artesão”, foi o primeiro a utilizar materiais não convencionais na moda. Ele fez vestidos de papel e usou plástico para criar acessórios icônicos. Isso há 50/ 60 anos. O espanhol também usava muito a geometria, com quadrados, retângulos e círculos super presentes em seu trabalho.

Foi assim que ele criou os “twelve unwearable dresses” (doze vestidos inúteis), minivestidos feitos de placas de acetato de celulose transparente, um tipo de plástico bem rígido. Ele uniu as formas com argolinhas de metal, que acabavam parecendo tecido.


Paco Rabane e seu legado seguem tão atuais, que fazem parte do universo de NFTs (tokens não fungíveis). A marca criou 12 vestidos representando seus designs mais famosos dos últimos 70 aos e a experiência vai permitir aos proprietários visitar o ateliê da grife em Paris, onde Julien Dossena, diretor criativo da marca, e os artesãos franceses que desenvolveram as peças originais irão colaborar na criação de uma peça física sob medida do arquivo NFT.

A colaboração e o pioneirismo de Paco Rabane na moda e no design está bem longe do fim.

Um beijo, tchau.

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