Com passarela limpa, sem recursos dramáticos, mas com a Torre Eiffel de fundo, Vacarello propõe um inverno todo em preto e branco.
As golas são exageradas, bem dramáticas, porém muito chiques. Há uma aura de diva dos anos 30 em alguns vestidos longos e mais justos, que desenham o corpo, com transparências fora do lugar comum e decotes que valorizam, trazendo uma sensualidade subjetiva, porém muito classuda.
Os drapeados das peças não sao óbvios e possuem recortes que seguem os contornos do corpo, casacos quase midi funcionam pra conter o movimento das saias longas vaporosas e transparentes.
Apesar da cartela super econômica, com predominância em preto e branco e poucas inserções de cores, como o areia e verde, Vacarello fez uma coleção linda.
Maria Grazia trouxe uma coleção feminina, polida, por algumas vezes recatada e bem pouco ousada. No inicio do desfile, já mostrou um macacão tecnológico com luz de Led que brilhava no escuro, assim como os primeiros looks tinham partes que pareciam equipamentos de proteção usado por jogadores de futebol americano sobre as peças.
A coleção, com leve pegada de anos 50, em seu todo é cheia de corselets, saias plissadas irregulares, transparências e muito xadrez.
Os melhores momentos foram a jaqueta com pegada motocross e a reedição do Tailleur Bar, (uma das obras primas de Dior, criada no início da maison), que apareceu discreta, em alguns momentos.
As jaquetas são levemente oversized e tem uma vibe college. Os melhores momentos ficam para o final, quando algumas peças formam camadas em um visual mais moderno e rock’n’roll. Os vestidos longos, mais retos e minimalistas são chiques e atemporais.
Dentro de sua proposta, Chiuri entrega um desfile feminino, coerente, correto e muito seguro.