O coletivo de arte MSCHF, de Nova York, está causando barulho desde 2019 com suas criações inusitadas e bem-humoradas. Tudo começou com o tênis Jesus, um Nike Air Max 97 customizado e preenchido com água benta do Rio Jordão. O preço? US$ 1.425, uma referência bíblica ao versículo de Mateus 14:25, onde Jesus caminha sobre a água. O tênis esgotou em minutos e foi revendido por valores bem acima do original.
Depois vieram os tênis de Satanás, com uma gota de sangue (dos próprios integrantes do MSCHF) e a participação do rapper Lil Nas X. Eram 666 pares, cada um a US$ 1.018 (outra referência bíblica), mas a Nike entrou na justiça para impedir a venda.
“Nosso trabalho é difícil de definir. Queríamos criar o que desse na cabeça, lançar algo novo a cada duas semanas e causar confusão sobre o que é o MSCHF. Não queríamos ser rotulados”, explica Kevin Wiesner, cofundador do coletivo.
Com essa filosofia, o MSCHF já criou desde botas gigantes inspiradas em desenhos animados até projetos experimentais online e presenciais. Tudo com uma dose de humor e expressão artística.
O grupo agora apresenta sua primeira exposição em Los Angeles, “Art 2”, em parceria com a galeria Perrotin e ficará em cartaz até 1º de junho, trazendo a ideia de um “segundo ato”.
“É como se fosse uma continuação do nosso trabalho, mas também uma forma de mostrar que há camadas ocultas em nossos projetos. A exposição em uma galeria ajuda a dar um novo significado para o que fazemos”, conta Lukas Bentel, outro cofundador do MSCHF.
A exposição promete ser irreverente e bem ao estilo do coletivo, que transita entre o papel de herói e vilão do mundo da arte.
