Inteligência Artificial: Desde o começo do ano, vozes de artistas famosos, como Drake, foram parar em trilhas não autorizadas, o que desencadeou uma discussão sobre propriedade intelectual
Depois das fotos geradas por Inteligência Artificial, que mostravam famosos em situações rotineiras, como o ex-presidente Barack Obama no meio da favela, a IA chegou ao mundo musical já causando muitas discussões.
E, para tentar proteger a propriedade intelectual dos artistas, a gravadora Universal Music começou uma conversa com o Google para licenciar melodias e vozes de artistas para canções geradas pela AI, como o caso dos cantores Drake e The Weeknd, que pareciam estar cantando em “Heart on My Sleeve”. A música acumulou 15 milhões de visualizações no TikTok, 275.000 visualizações no YouTube e mais de 600.000 streams no Spotify depois de ser postada no meio de abril.
Lucian Grainge, presidente-executivo da Universal Music, traz um discurso de que se a inteligência artificial não for controlada, ela pode ser muito perigosa, além da questão da violação de direitos autorais. Esse é a primeira iniciativa da indústria musical para tentar barrar os deepfakes, ou, em português, falsificação profunda.
As conversas, que ainda estão em estágio inicial, visam encontrar uma solução na qual os criadores que se utilizarem da ferramenta e criarem material usando voz e/ou melodia de algum artista pague os direitos autorais para o proprietário. Ainda há o ponto de que os artistas podem ou não aceitar essas condições.
Segundo o Financial Times, ainda não há previsão de lançamento do produto, porém, os executivos das companhias estão abertos para a cooperação, para deixar a indústria musical ainda lucrativa, mesmo com o surgimento dessas novas ferramentas.