No ano de 2022 a tendência mais forte na moda foi a Y2K – tudo relacionado aos anos 2000: roupas, calçados, make, cortes de cabelo. Tudo. Tivemos também umas pinceladas de balletcore e barbiecore, que segue forte nesse novo ano à espera do aguardado filme da Barbie que estreia em breve.
O TikTok se firmou como um termômetro de tendências real. Algumas se firmaram, outras desapareceram logo. É surreal pensar que um aplicativo é capaz de tornar uma peça de roupa notável e fazê-la se espalhar pelas redes sociais. Parece loucura. Mas isso aconteceu em 2022 e muito provavelmente acontecerá em 2023 também. É aí que surge o questionamento: será que de agora em diante a moda dependerá de algoritmos? Ou será que conseguirá se manter com mais qualidade?
Quem analisa essas trends do TikoTok sabe exatamente como comunicar de forma rentável e consumível. Essas tendências surgem em núcleos, geralmente parte de um movimento social, e as marcas de moda tendem a colocar todas elas ao alcance do consumidor.
Se uma pessoa comprar uma roupa de cada núcleo, provavelmente ela vai se vestir como a Portia, personagem da atriz Haley Lu Richardson, na série “The White Lotus”. Cada roupa da caraterização da personagem faz parte de um núcleo, que conversam entre si. Esse nem é o problema. O problema é que a personalidade de Portia se perde ao seguir um algoritmo. E isso pode acontecer na vida real.
São tantas influências, tantas tendências surgindo quase que diariamente, que as pessoas não terão outra alternativa a não ser adotar um estilo próprio. Elas não serão capazes de acompanhar todos os outros.
O ciclo de uma peça de roupa dura bem mais quando você compra porque realmente gostou dela e não porque pretende seguir a moda. Então, talvez a chave de 2023 e dos próximos anos que virão pela frente seja comprar por convicção e seguir seu próprio estilo: a trend do Nothingcore (ou tendência do “nada”).
O que vocês acham? Será que essa moda pega?
Será que chegou a hora de criar moda ao invés de simplesmente seguir??
Um beijo e tchau.
