Jean-Luc Godard morre aos 91 anos. O cineasta franco-suíço faleceu nessa terça-feira (13/09), tendo acesso ao suicídio assistido, um recurso legal na Suíça. O diretor ficou conhecido mundialmente por ter sido uma figura-chave no movimento cinematográfico Nouvelle Vague, responsável por revolucionar o cinema no final dos anos o 1950 e 1960.
Nascido em dezembro de 1930 em Paris, na França, Godard veio de uma família privilegiada. Seu pai era médico e sua mãe era filha de um dos fundadores de um banco de investimentos suíço. Enquanto ele estudava etnologia na Universidade de Paris, sua jornada na indústria do cinema começou com o curta-metragem “Opération Béton” em 1954.
O primeiro longa-metragem de Godard “À bout de souffle” lançado em 1960, já trouxe características marcantes de seu estilo pessoal de direção. Trazendo uma cinematografia despreocupada e improvisada. Nos anos seguintes, suas produções passaram a girar em torno de questões mais complexas e subjetivas, como a inconstância e a dignidade.
Entre seus trabalhos notáveis realizados ao longo dos anos seguintes, estão os três filmes icônicos: “Passion” de 1982, “Prénom Carmen” do ano seguinte e “Je vous salue, Marie” de 1985. Explorando a feminilidade, a natureza e a religião. Também conhecidos como a “trilogia do sublime”.
Durante a sua longa carreira, Godard foi premiado com um César honorário em 1987 e 1998. Além de ter recebido um Óscar honorário em 2010. Assim como sua filmografia, o diretor também era conhecido por sua personalidade única e rebelde.
Muitas homenagens foram compartilhadas por membros da indústria cinematográfica. Até mesmo o presidente francês Emmanuel Macron publicou uma mensagem de condolência ao diretor, afirmando que a França perdeu um grande “tesouro nacional”.