Damien Hirst expõe esculturas criadas ao longo dos últimos 30 anos. O artista inglês ficou conhecido por suas obras polêmicas, que misturam arte e ciência ao usar animais mortos como peixes, ovelhas e vacas preservados em formaldeído. Suas obras mais controversas ficaram famosas por questionarem temas relacionados a mortalidade. Conhecido por ter supostamente vendido um crânio humano com diamantes como uma das peças mais caras do mundo em um leilão.
Considerado um artista irreverente desde os anos 1990, ele ganhou o Prêmio Turner, o principal da Grã-Bretanha para arte contemporânea, realizado pela instituição Tate Britain. Ele também realizou colaborações dentro do universo da música pop, projetou restaurantes e escreveu livros. Porém o criador multifacetado recebe críticas até hoje, especialmente por não ser o responsável pela execução de todas as suas obras, mas sim uma grande equipe.
Sempre mantendo-se atualizado, ele anunciou um novo projeto incluindo 10.000 unidades da mesma obra disponíveis de forma física ou digital como NFT. As peças feitas em papel A4, contém a assinatura do artista, número de série, marca d’água e até mesmo um holograma.
Agora, o artista terá sua primeira exposição solo na galeria Gagosian. A instituição acaba de anunciar a mostra “Natural History”, focada especialmente nas obras com formol criadas desde 1991 até o ano passado. Com itens que estão sendo reunidos pela primeira vez em 30 anos.
20 peças estarão presentes, incluindo uma grande variedade de animais preservados, como zebras, pombas, ovelhas e até mesmo um “unicórnio”. Suas obras podem ser chocantes, especialmente para quem ainda não conhecia o artista, uma vez que cenas gráficas e perturbadoras são representadas utilizando os animais mortos em formol.
A presença do produto químico na arte ajuda a criar uma estética mais minimalista e menos chocante, que mesmo assim, propõe reflexões profundas sobre temas como a vida, a morte inevitável e a fé.
A exibição “Natural History” estará aberta a partir do dia 10 de março na galeria Gagosian, em Londres.